Geral

Recordar é viver IV

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Na certeza de estarmos colaborando com os prezados leitores que, de alguma forma, onde ser que tenham passado a sua fase infantil, assim como nós ao analisarem os bons ensinamentos aplicados nos básicos ensinamentos educacionais, morais e religiosos, a pureza e simplicidade dos bons tempos de então, comparando-os com os atuais, onde o abuso da liberdade provoca nos jovens a libertinagem, o desrespeito ás pessoas adultas e até o lugar em que se encontram, sintam também saudades de quando, éramos felizes e nem sabíamos.

Razões essas pelas quais, daremos prosseguimento a alguns trechos dos nossos idos em Raffard, que nos acolheu carinhosamente aos sete anos de idade, transformando-se em nosso segundo berço natal.

Quando citamos as brincadeiras e diversões que desfrutávamos de uma “infância inocente, calças curtas pés no chão” omitimos: empinar papagaios, rodar pião, jogar bolinhas de vidro (gude) ou de aço, este na forma de triângulo ou de covas (buracos feitos na terra), todos em competição, não havendo dois vencedores.

Havia na rua Maurice Allain (por ser central e a principal, calçada com paralelepípedos) ao lado do Grupo Escolar, a Ferraria e Carpintaria dos srs. Pácido Cortelazzi e José Vicentin, respectivamente ferreiro e carpinteiro, a oficina na frente do enorme barracão e a segunda nos fundos.

Enquanto o simpático e sempre atencioso sr. Vicentin desenhava para depois serrar, tornear, aplainar e pregar ou colar as madeiras, montando carrocerias para caminhões, carroças, charretes, armários, mesas e cadeiras, o sr. Plácido, tendo como auxiliares seus filhos Temístocles e Aldo, com o sr. Ernesto trabalhava o ferro em brasa.

Dessa arte e seus artesãos, presenciando a perfeição quando ao preparo do material e uso das ferramentas, guardamos indelevelmente na memória como segue: devidamente paramentados (chapéu, proteção para o rosto, luvas de cano comprido, preso no pescoço e amarrado na cintura, grosso avental de couro), a partir das 07:00hrs, abertos os portões das oficinas iniciava-se a faina.

Enquanto ouvia-se o barulho da serra na madeira, os auxiliares na oficina acendiam na forja, o carvão de pedra e ativada a lavareda pelo grande fole movimentado a mão.

Dependendo do trabalho a ser executado, o material era colocado sobre as brasas até encandecer para então, ser transferido à bigorna (peça de ferro fundido servindo de mesa de apoio, plana no centro e roliça nas extremidades e fixado em grosso troco de madeira implantado no solo a meia altura), para ser malhado e torneado, voltando quando necessário para a forja, sempre ativada por auxiliar.

É com imensa saudade (nunca mais ouvimos…), que guardamos nos ouvidos a música produzida pelos malhos acionados pelos ferreiros que, em tons e volumes diferentes, em uma cadência alternada que apesar da rudeza do impacto era suave, harmoniosa e perfeita parecendo “um estranho festival” de uma sonora orquestra. (Segue)

Cidadania

Perseverante, como deve ser todo o cidadão na prática da cidadania, voltamos a solicitar dos nossos concidadãos, que colaborem para que este pequeno pedaço do Brasil, possa servir de exemplo aos demais. Não atirando lixo, entulho e material reciclável nas ruas e calçadas em dias não programados, ao sair da garagem feche o portão, liberando a passagem de pedestres.

Embora atrasado, sempre é tempo de se reparar algum erro. É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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