Colunistas

Recordar é viver

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Essa expressão cantada em prosa e verso, caracteriza o nosso sentimento de gratidão pelos anos de vida passados e em especial da “nossa infância querida que os anos, não trazem mais” e que também permanecerá enquanto pulsarem, nos corações sensíveis cheios de amor e carinho.

Após esse modesto preâmbulo revendo a nossa memória, visualizamos o desembarque da Família Fonseca, na então Villa Raffard, após viagem pela Estrada de Ferro Sorocabana no histórico dia 9 de julho de 1932.

A mudança – vinda no mesmo trem – após desimpedida e transportada em carroça, descarregada na rua Conselheiro Gavião Peixoto, esquina com a estrada – depois rua Vitório Talassi – em uma pequena casa com piso de tijolos, tendo nos fundos, grande quintal repleto de árvores frutíferas, imóvel alugado da Dona Esperança, uma senhora idosa de origem espanhola.

Poucas ruas eram calçadas com paralelepípedos, as demais, eram estradas carroçáveis de terra batida, intransitáveis quando chovia muito.

Com sete anos de idade (26/11/1925) fomos matriculados no 1º. Ano do Grupo Escolar, esquina da rua Maurice Allain com Moraes Barros, onde completamos o Curso Primário, tendo como professores: o Sr. Oscar Stein de Campos, Sra. Lucrécia Pellegrini Ferreira, Sra. Benedita de Camargo e Sr. Jordão Marins Peixoto, além das substitutas Zita e Zenita. Época em que os alunos eram muito bem orientados, tendo o Curso em seu currículo, a saudosa matéria Educação Moral e Cívica. Aprendíamos e entoávamos garbosa e orgulhosamente todos os Hinos, acompanhados pelos professores nos desfiles pelas ruas da cidade, em datas festivas. Nessa época, os reprovados nos exames finais, repetiria o ano. Em boletim mensal individual, eram anotados os nomes das matérias e as notas alcançadas, além do grau de disciplina, para ser levado, analisado e assinado pelo pai ou responsável, para ser devolvido à Secretaria do Grupo Escolar. Belos e saudosos tempos, de nossa “infância inocente, calças curtas pés no chão; das meninas daquele tempo que não sabemos onde andarão. Dos primeiros companheiros, tratados como irmãos, onde estarão? Éramos então milionários de felicidade, mas perdemos esses milhões, hoje vivendo apenas da saudade e das boas recordações”.

Participamos do lançamento da pedra fundamental para o atual educandário Luiz Grellet. Nós, iguais a toda meninada, não considerando o perigo, quantas travessuras que fazíamos, subindo em altas árvores, invadindo pomares para furtar laranjas, jabuticabas, mangas, etc., remando, nadando e pescando no então caudaloso e límpido, Rio Capivari – hoje transformado em esgoto a céu aberto! Vivíamos as inocentes e sem maldades brincadeiras com os coleguinhas, pulando corda, saltando amarelinha, passando anel, esconde-esconde e recitando pequenos trechos de mãos dadas formando um círculo rodando e cantando. Éramos felizes e nem sabíamos… (Segue)

Cidadania

Antes de prometer alguma coisa a alguém, analise se você tem condições, deve, sabe e se de fato pretende cumprir a palavra. O não cumprimento dará origem a qualificativos não publicáveis. A cidade continua “emporcalhada”. Além da ausência de funcionários da Prefeitura para limpá-la, há também falta de cidadania do povão que atirando em vias públicas e não nos coletores toda sorte de lixo apresentam essa vergonha! Temos constantemente, mas em vão tentado alertar as pessoas (algumas demonstrando sua falta de educação e respeito chegando, com a cretinice de suas atitudes e palavras a nos ofender), sobre a futura falta d’água, aconselhando-as, não desperdiçar o precioso líquido. Certamente o racionamento, com justiça e pelo bem da população já deve estar a caminho.

É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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