Opinião

Religião e ética VII

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Leondenis Vendramim

A tarefa mais difícil e em que mais se erra é a educação dos filhos. Jean J. Rousseau, (1712-1778) filósofo, disse que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. No entanto, ele teve 5 filhos, todos entregues a um orfanato! Contrariando Rousseau, Deus diz que o ser humano é mau por natureza (Sl 51:5). Desde bebê, joga a colher no chão, repete a ação e se alegra por ver a mãe erguer. Os pais erram na educação porque eles também não são perfeitos. Os pais que discutem, exasperados, diante das crianças, causam grande dano: tiram mutuamente sua própria autoridade, destroem na mente infantil a imagem modelar sobre eles, dão fim à segurança que o lar deve passar aos rebentos, perdem o respeito… Quase 200 milhões de crianças dormem nas ruas dos grandes centros urbanos! Grande parte dos lares é verdadeira fábrica de bandidos, que enfrentarão até a polícia. A nova filosofia consumista exige que pais e mães trabalhem o tempo todo, exaurindo suas energias, não educam seus filhos, aliás, alguns só os veem quando estão dormindo. Ficam à mercê da educação de rua, dos programas chulos da TV, das revistas e cenas pornográficas. São incentivados por traficantes de drogas, levados ao crime por “amigos”, aprendem a desrespeitar professores e autoridades constituídas. Outras vezes, a falta de afetividade, a carência e a brutalidade com que são tratados são instrumentos para levá-los a chafurdarem-se. A Bíblia predisse: “Sabe, porém isto, que nos últimos dias virão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, sem afeto natural, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus… foge destes” 2Tm 3:1-5

A história mostra que a soberba, a fartura e a ociosidade foram os males de Sodoma, de Roma imperial, e também de muitos jovens modernos. Alguns dizem que o Estatuto da Criança e Adolescente proíbe os juvenis trabalharem até os 14 anos, mas o que diz realmente o Artº 60, é que podem, desde que: seja como aprendiz, garanta a frequência escolar, de acordo com seu desenvolvimento e não seja insalubre ou perigoso. Segundo comentaristas do artº 60: “A falta de trabalho é a porta aberta para a criminalidade… basta fazer um levantamento nas prisões para ficar demonstrado que a maioria que lá se encontra não tinha uma ocupação definida quando foi levada ao crime, e tornará a delinquir quando sair da prisão, porque também durante o cumprimento da pena não lhe foi dado trabalho… que é dever do Estado…” P.92. “E os mais afetados pelo desemprego são os jovens… Do quatorze aos dezoito anos, quando apresentam vários desvios de conduta motivados pela ociosidade” p. 93.

Segundo a Psicóloga Vera Zimmermann, coordenadora do Centro de Referência da Infância e da Adolescência da UNIFESP: “A princípio, todas as patologias sociais aparecem cedo. ‘É a concepção do psiquismo, é de pequeno que podemos reverter a situação’. Aquele velho e conhecido ditado popular ‘é de pequeno que se torce o pepino’ é a mais pura verdade e deve ser levado à risca, principalmente pelos pais cujos filhos são agressivos fora de casa. Afinal, é na infância que se começa o lento processo de educação e o preparo dos pequeninos para o convívio social. Criança agressiva na escola deve perder o trono dentro de casa”.
Amor é a base do lar e da educação dos filhos. Citando o Cel. Nilson Giraldi: “Não é possível amar uma pessoa com quem não se conversa. Sociedade doente é consequência de famílias doentes. Quem tem Deus no coração segura seus ímpetos de violência e criminalidade. Quando Deus está presente em todos os atos da vida… a violência desaparece”.
Se o leitor quer ter um lar feliz, deve cultivar o amor com a esposa e com os filhos, precisa conversar. Se sua família não têm tempo para conversar desligue a TV, dedique tempo para trocas de ideias com os familiares. Experimente reunir a família e do seu jeito, peça que Deus esteja presente e lhes abençoe. Você verá surpreso e jubiloso o resultado! Deus abençoe nosso lar! Que ele seja um pedacinho do céu!

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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