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Religião – O poder do voto

Pe. Antônio Carlos D’Elboux - Pároco de Rafard

A proximidade do dia 7 de outubro, data das eleições municipais, e o momento que vivemos com o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, que está punindo ladrões de recursos públicos, ajudam-nos a fazer uma reflexão sobre o bem comum que deve estar acima dos interesses menores e a exigir dos governantes que não seja desviado dinheiro público em benefício próprio ou de seu grupo político. Não podemos nos omitir nesta hora em que temos a possibilidade de exercer plenamente nossa cidadania e mudar a história de Rafard. É uma boa ocasião para meditarmos sobre o que realmente queremos para nossa cidade. Somos convidados a examinar os dois grupos que estão se revezando no poder em Rafard, o dinheiro que estão gastando nas campanhas, os cargos que estão sendo leiloados em troca de apoios e votos, os boatos que espalham pela cidade e os maus exemplos que políticos estão dando ao povo com seu comportamento reprovável.
Muitas perguntas estão sendo feitas. Por que gastar tanto dinheiro se nem os quatro anos de mandato serão suficientes para retornar o que se investiu? Como se pode usar da prefeitura para desviar dinheiro em benefício de si ou de seu grupo? Por que Rafard não aumenta sua população e nem progride como outras cidades? Quais são realmente as funções do prefeito e do vereador, previstas na Constituição Federal? Quais são os compromissos com a cidade de Rafard por parte daqueles que estão criticando o candidato A ou o candidato B ou o candidato C? Está certo candidatos pagarem bebidas, churrascos, consertos de carros ou prometerem dinheiro em troca de voto? Qual prefeito terá “saco” para enfrentar a “Usina” e cobrar a grande dívida social que a proprietária de mais de 80 por cento de terras rafardenses tem para com o nosso povo? Não está na hora de uma mudança radical deixando de lado os que se revezam no poder e só criticam opositores, não vendo nada de bom que o outro grupo faça?
Vamos ter noção clara sobre nossa cidade, da qual o único dono é o povo rafardense, que é o patrão do prefeito e dos vereadores. Na urna eleitoral, seu poder é grande. Se você quiser, você pode fazer valer isso e mudar a situação. Só depende de você. Valorize o seu voto, não o vendendo e nem o trocando por favores. Inclusive seja um cidadão consciente e denuncie, com testemunhas, às autoridades da Justiça Eleitoral a compra de votos, o abuso do poder econômico e o uso indevido da máquina administrativa. Converse com seus vizinhos e familiares, deixando de lado o sectarismo deste ou daquele grupo. Não escolha alguém somente porque é seu parente, vizinho ou amigo, mas opte pelo mais competente e pelo que tem mais condições de servir nosso povo. Veja quem realmente quer o bem de Rafard. Examine os grupos que passaram no poder e o que cada um deles fez pela cidade. Não anule e nem vote em branco. Se julgar que nenhum dos três candidatos a prefeito é bom, vote no menos ruim.
Estou convicto que nossa palavra neste momento é semelhante a daqueles que julgavam que Davi cairia diante do gigante Golias, mas nada nos esmorece diante do Deus que faz o fraco vencer o poderoso e que ergue os caídos, que o procuram na sinceridade do coração. Como a rainha Ester diante do rei Assuero, também nos ensina a Bíblia Sagrada, imploramos a intercessão materna de Nossa Senhora de Lourdes pelo povo rafardense, para que não se deixe levar pelo casuísmo do já ganhou e para que abra a cabeça diante da atual situação de Rafard. Queremos uma Rafard melhor, com moradia e possibilidade de trabalho para todos. Precisamos explorar turisticamente o fato de Rafard ser o berço de Tarsila do Amaral, pintora respeitada no Brasil e no mundo, fazendo do turismo uma grande fonte de recursos para nossa cidade. Na vida não importa perder; o que importa é agir com decência e dignidade. Não havendo fraudes, o resultado das urnas deve ser respeitado e o eleito deverá governar para todos.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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