Geral

Religião – Renúncia do Papa

Pe. Antônio Carlos D’Elboux - Pároco de Rafard

O anúncio do Papa Bento XVI, durante o Consistório do último dia 11, dia de Nossa Senhora de Lourdes, pegou todo o mundo de surpresa, pois somente pouquíssimas pessoas do círculo restrito do Santo Padre sabiam de sua decisão, tomada depois de muita oração e reflexão. A atitude do Papa merece nosso respeito e carinho. Nos quase oito anos em que ele é o chefe visível da Igreja Católica realizou muitas coisas, visitou muitos países e enfrentou problemas sérios dentro e fora da Igreja. Bento XVI é um dos grandes teólogos de nossa Igreja e o conteúdo das suas encíclicas e dos seus livros é profundo e ao mesmo tempo claro.
Depois do susto inicial, admirei a coragem e a humildade do Papa em comunicar com antecedência sua decisão de renunciar ao governo da Igreja. Somente uma pessoa com a estatura moral e intelectual do Santo Padre podia ter tomar tal decisão: Retirar-se do trono de Pedro porque sente que suas forças físicas estão diminuindo e que outras mãos mais jovens e firmes possam continuar a missão de confirmar na fé os irmãos e as irmãs, indicando-nos com coragem e alegria os caminhos que nos levam até Deus. E morar em um mosteiro, dentro do próprio Vaticano, para dedicar mais tempo para a oração em favor de toda a Igreja.
Elevemos preces de gratidão a Deus pelo Papa que Ele concedeu à Igreja. Uma pessoa culta e santa que conduziu a Igreja nos caminhos de Jesus. Homem de coragem que enfrentou problemas cruciais dentro e fora da Igreja. Nós, católicos, temos motivos de sobra para nos orgulharmos dos últimos Papas, incluindo o atual. Todos eles foram homens santos. Pio XII, também muito culto; João XXIII, o Papa Bom; Paulo VI, o homem que anteviu a caminhada da Igreja e enfrentou as consequências do Concílio Vaticano II; João Paulo I, o Papa que transmitiu em poucos dias a mensagem do sorriso; João Paulo II, o grande evangelizador.
Os palpites sobre o novo Papa são muitos. No momento o mais cotado é o Cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão, de 71 anos e que foi Patriarca de Veneza. Dos brasileiros, finalmente temos um cardeal que reúne ótimas qualidades para o papado: Dom Odilo Pedro Scherer, descendente de alemães, fala o alemão e outras línguas; trabalhou muitos anos dentro do Vaticano, na Congregação dos Bispos; foi secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e sabe lidar com os bispos e com os meios de comunicação; é arcebispo de São Paulo, uma das grandes dioceses; é membro da Comissão Econômica do Vaticano.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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