Reverenciando os heróis de 1932
14/07/2014
Reverenciando os heróis de 1932
Artigo | Por Denizart Fonseca
Considerando como dever cívico rememorar e comemorar as datas importantes da História da Pátria, estamos em sucinto e didático comentário, respeitosamente neste dia 09 de Julho de 2014, reverenciando a memória dos heróicos voluntários cujas vidas foram imoladas no altar da Pátria em defesa de um ideal.
Jovens ainda, deixaram o conforto dos seus lares, o amor e carinho de seus pais, irmãos e o afeto dos amigos, para em luta fratricida tombarem sem vida nos campos de batalha.
A Revolta começou com a deposição do Dr. Washington Luiz Pereira de Souza, então Presidente da República e um período ditatorial cujo regime contrariava os princípios democráticos dos brasileiros, colocando os paulistas em posição incômoda, sentindo-se ludibriados e privados dos seus inalienáveis direitos.
Vozes se levantaram para reclamá-los e outras as tentaram calar seus autores, abatendo-os com traiçoeiras armas de fogo. Algo deveria ser feito! Necessário seria honrar aqueles abnegados jovens, cuja memória jamais será olvidada: – Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcontes de Souza e Antonio Américo de Campos Andrade, cuja sigla MMDC, está indelevelmente gravada em nossa memória, caracterizando a arrancada paulista.
Fomos militarmente derrotados, mas, nos tornamos vencedores uma vez que o sangue derramado em justa causa não foi em vão, servindo para apressar a Convocação da Assembleia Constituinte que; instalada a 15 de Novembro de 1933, elaborou a Constituição que entrou em vigor a 16 de Julho de 1934.
Justiceiro, assim se expressou o Dr. Getúlio Dornelles Vargas magnânimo na vitória, demonstrando ser um grande e bom lutador, respeitando o adversário que valente e bravamente havia combatido ao entregar ao Dr. Armando Salles de Oliveira o Decreto nomeando-o Interventor no Estado de São Paulo:-“ Quero que compreenda toda a extensão e significado deste meu gesto. Com este Decreto entrego São Paulo aos revolucionários de 1932”.
Ao relembrarmos hoje a “Guerra Cívica” ou “Revolução Constitucionalista de 1932”, com o mesmo ardor e senso patriótico de então, deixamos claro ser nosso o desejo de que todos os brasileiros se conscientizem da responsabilidade, dever e compromisso assumidos de defender, mesmo com o sacrifício da própria vida, a Pátria em que nasceram, em especial a cidade que habitam e na pratica da cidadania, colaborando com seus administradores.
É dever de todos nós, agraciados por Deus aqui nascendo e podermos viver, apesar de tudo, fervorosamente louvar este Brasil amado e a ele tudo oferecer sem nada pedir.
Que assim seja.