Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Roberto Carlos, a reencarnação e Chico Xavier…

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA

Já vivemos muitas vezes, estamos com as pessoas certas para ajustarmos os nossos corações e resolvermos os nossos problemas.
Na reencarnação ninguém erra de endereço.
Chico Xavier

O dogma da reencarnação é antigo e mundial. Acredita-se que 2/3 da população creia nessa lei que é a Justiça Divina para todos.

Jesus a ensinou por diversas vezes aos seus discípulos, e ela também é ensinada no Velho Testamento, tanto é que a maior prova dada pelo Mestre é de Elias, que reencarnou novamente como profeta no corpo de João Batista (o que batiza na água). Como Elias mandou matar 450 sacerdotes de Baal, João foi decapitado pelo rei Herodes.

O Cristo prometeu que enviaria outro Consolador e este surgiu com o espiritismo, que foi codificado pelo pedagogo e escritor Allan Kardec, cuja teologia tem por base a multiplicidade de vidas corporais, bem como a pluralidades de mundos habitados.

Após a morte de Kardec, os seus seguidores mandaram construir sobre seu túmulo um dólmen em pedra, no cemitério Père-Lachaise, e colocaram essa frase: “Nascer, morrer, renascer novamente e progredir sem cessar: tal é a lei”.

O cantor Roberto Carlos nasceu num lar onde os pais tinham religiões diferentes e se aceitavam. A mãe, dona Laura, era católica, e o pai, Robertino, seguia o espiritismo. Permitiram ao filho decidir o que desejaria seguir, e aos 7 anos o cantor optou pelo catolicismo.

Essa vivência e a sua fé resultaram em momentos especiais na sua carreira, com composições que tocam a todos e emocionam, como quando ele canta “Nossa Senhora” ou “Jesus Cristo”.

O ídolo jamais se distanciou do pai, que seguia o espiritismo, com quem gostava de pescar. Foi o pai quem lhe deu o primeiro violão e o levou para conhecer pela primeira vez a Rádio Nacional. Roberto teve vários contatos com Chico Xavier. Compôs a música “O Homem”, cuja letra diz-se que foi psicografada pelo médium mineiro.(1)

O cantor diz: “Quando conheci o médium realizei um sonho de infância. Chico Xavier inspira, nas pessoas com quem conversa, boas atitudes, serenas e bem-intencionadas. Ele estaria milionário se não tivesse doado os direitos autorais às instituições de caridade. E esta bondade me atraiu ao seu convívio”. (2)

Eis trechos da composição finalizada e cantada pelo rei Roberto Carlos, “O homem”:

“Um certo dia um homem esteve aqui
Tinha o olhar mais belo que já existiu
Tinha no cantar uma oração.
(…)
Que além da vida que se tem
Existe uma outra vida além e assim…
O renascer, morrer não é o fim”.

Se nesta composição, em que ele homenageiam Jesus, chamou-se “O homem”, em outra composição cantada pelo líder da Jovem Guarda, que diz-se ser em homenagem ao mineiro Chico Xavier, ele acrescentou um adjetivo, “O homem bom”:

“Vai como um vento solto numa campina
Desliza na relva verde
E vai subindo pela colina
Todas as folhas secas
Viram tapete aqui neste chão
Nos pés desse homem bom
Que só tem amor no seu coração”.

Convivendo aqui, aprendemos que somente o amor e a educação podem transformar as criaturas. Tudo está bem com você e com sua família? Vai estar se você estiver com Deus em seu coração, porque o céu começa em nós… assim como o inferno.

1) https://www.marciafernandes.com.br/site/marcia-fernandes-comenta-o-caminho-espiritual-de-roberto-carlos/
2) Roberto Carlos – https://bibliadocaminho.com

ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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