ColunistasRubinho de Souza

Sobre os tempos de escola…

logo do fundo do baú raffard

Sempre que encontro algum amigo da juventude, ou da infância, a conversa por iniciativa de um dos dois envereda lá para os tempos pretéritos, e posso garantir que lembro como se fosse ontem, o meu primeiro dia de aula do primário, na Escola Professor Luís Grellet.

Saudades daqueles momentos tão simples, que até então, para mim e creio ser assim para a maioria, não eram significativos na época, pois estávamos somente vivendo aqueles momentos, sem nos dar conta que mais cedo ou mais tarde, tudo se acabaria tão depressa, como havia começado, e a saudade nos faria chorar ao relembrá-los…

Quem não sente saudades daqueles alunos que faziam graça na sala de aula, daqueles comportados que ocupavam as primeiras carteiras, frente ao professor, e também dos que eram por natureza bagunceiros, atirando bolinhas de papel nos colegas?

Quem não sente saudades do barulho do sino de metal badalado pela “servente” anunciando o final das aulas, que naquele tempo era sempre um alívio para quem ficou horas preso na classe.

E lá iam todos em bandos, correndo pelas ruas despreocupados, sem que fosse preciso alguém vir buscar, pois eram tempos de paz, dias em que crianças podiam sair à rua sozinhas até mesmo à noite para brincarem, sem o risco de serem molestadas.

Mas voltando a recordar da escola, como é incrível que até hoje quando sentimos o cheiro do perfume que as professoras usavam, nos vem à lembrança, e parece-nos que lá estamos, ainda no início da aula, com o delicioso perfume invadindo toda a sala de aula…

Essas coisas marcaram a nossa vida, e hoje nos fazem saudosistas dessa época mágica de nossa infância, e mente quem disser que não sente nem um pingo de saudades desse tempo tão bom.

Infelizmente é inevitável que ao longo do tempo, a vida de alguns dos nossos amigos, acabaram tomando rumos diferentes, que o destino se encarregou de traçar, e desceram do trem antes de nós, e sua viagem aqui na Terra terminou, restando apenas lembranças…

Enquanto os que aqui ficaram, seguiram sua vida, seus afazeres, suas metas, suas preocupações, e hoje raramente se reencontram, mas ainda assim, são aqueles amigos da infância, que mesmo distantes, estão guardados num cantinho do coração de cada um de nós.

Graças aos avanços da tecnologia, através das ferramentas da internet, indispensável nos dias atuais, podemos matar um pouquinho da saudade dessa nossa época, de uma infância e juventude feliz, pela longa convivência por vários anos.

Hoje tudo é tão estranho, pois vemos que alguns daqueles velhos amigos e colegas são honrados pais de família, e muitos que na época podíamos jurar que nunca teriam jeito por serem tão bagunceiros, hoje estão aposentados depois de passarem por ótimos empregos e vivem bem.
De minha parte posso dizer que esses momentos na escola me ensinaram muito além das contas de matemática e aulas de português e geografia. Aprendi que é muito importante o que sentimos em relação aos outros, pois muitas daquelas pessoas que estavam sempre comigo, hoje não estão mais…algumas por causa do cotidiano, outras porque a vida levou, e ao longo destes anos pude perceber que a vida é curta, independente do que você seja ou possua, por isso, viva a vida, enquanto vive.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?