Editorial

Tô dentro… tô fora!

13/11/2015

Tô dentro… tô fora!

Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

EDITORIAL | Para a alegria de alguns e tristeza de outros, o prefeito de Rafard Antonio César Rodrigues Moreira (PMDB) reassumiu suas atividades administrativas na tarde de quinta-feira, 12.
Em uma decisão que dividiu opiniões no cenário político na última semana, Moreira foi afastado provisoriamente do cargo na terça-feira, 10, após aprovada pela Câmara de Vereadores, uma denúncia por infração político-administrativa, apresentada na semana anterior por um munícipe.
No dia seguinte, em momento solene no plenário do Legislativo, o então vice-prefeito Carlos Roberto Bueno foi empossado prefeito da Cidade Coração. Porém, o reinado durou pouco mais de 24 horas. Por decisão judicial, Moreira reassumiu a batuta.
“A decisão liminar não impede a instauração do processo de investigação, desde que observados os requisitos legais e constitucionais”, pede a juíza Marcia Yoshie Ishikawa.
A verdade é que de um lado convivemos com um prefeito de poucos amigos no âmbito político, que desde o início do mandato prega um governo de apenas quatro anos, sem pretensões de continuidade e que não se deixa ser influenciado nem pelos próprios assessores na tomada de decisões. Tomador de medidas impopulares e de opinião própria, ele faz e fala o que pensa e da maneira que acha conveniente. Sua sinceridade, às vezes até demais e nem sempre acompanhada da razão, deve ser reconhecida.
Junto a isso, a administração pública de Rafard, como tantas outras de pequenos municípios brasileiros, enfrenta uma de suas piores crises econômicas, com queda na arrecadação e posteriormente o corte de investimentos. E quem sofre é a população.
Apesar de pequenas, mas consideráveis, as mudanças realizadas pelo atual governo acabam nas sombras, aos olhos do povo. Afinal, as principais cobranças e reclamações são referentes aos serviços básicos, como a conservação de ruas, de guias e sarjetas, a manutenção das praças e iluminação pública, as falhas no atendimento da saúde e no fornecimento dos medicamentos.
Enfim, um 2015 conturbado, recheado de decisões questionáveis e a falta da tomada de outras tantas. Talvez, a falta de diálogo seja a principal causa de tantos desencontros.
O que se espera é que esse jogo de interesses políticos, que não são poucos às vésperas de um ano eleitoral, não interfira na condução de uma cidade tão carente de paz, amor e esperança.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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