Editorial

Um por todos e todos por um

23/02/2018

Um por todos e todos por um

EDITORIAL | A política rafardense parece estar trilhando caminhos nada sadios para o bem comum da cidade e seus moradores. Isso ficou claro, mais uma vez, na segunda sessão ordinária do ano, na Câmara Municipal.

O estopim desta ‘guerra política declarada’ foi a não votação do projeto de reestruturação dos cargos em comissão da administração municipal. Apesar da urgência do Executivo, os vereadores alegam que o projeto traz diversos equívocos em atribuições, aumentos substanciais em algumas referências e a não apresentou o impacto financeiro.

Pacificamente, mas claramente como forma de pressionar os vereadores, dezenas de comissionados participaram da sessão ordinária. Mesmo assim, o projeto não entrou na Ordem do Dia. Em meio a explicações aos presentes do porque não votariam o projeto da forma que estava, alguns vereadores disseram estar sofrendo ameaças. Essa não é a primeira vez que os parlamentares se queixam disso.

E é exatamente esse tipo de política e comportamento, que parecia estar enterrado junto aos detentores do poder na época do coronelismo, que não pode ser ressuscitado. Para governar, é preciso consenso, apoio, comunicação e liberdade.

Pedimos aqui, mais uma vez, que Executivo e Legislativo, trabalhem unidos, com decisões e ações certeiras, para que a população não sofra ainda mais com a ineficiência da gestão pública, que pouco ou quase nada trouxeram para Rafard desde a sua emancipação.

Voltando um pouco a história recente do município, que está às margens de comemorar mais um ano de emancipação político-administrativa, no dia 21 de março, como é bom ouvir os mais antigos contarem o quão rápido foi o desenvolvimento da cidade em torno da usina de açúcar, comandado pelos franceses.

O que entristece, é ver uma cidade tão pequena, mas de coração enorme, perdendo dia a dia, um pouco mais da sua história e da sua essência. Uma cidade que já teve cinema, estação de trem, que foi ‘point’ das paqueras de fim de semana na rua Maurício Allain, que foi palco dos maiores festivais de música brasileira em tempos idos, que trocou a casa do fundador por um Centro Cultural inacabado e mal explorado, que chora a emigração do seu povo em busca de melhores oportunidades, e por aí vai tantas outras tristezas.

No entanto, não é possível mudar o passado, mas há muito a se fazer pelo presente e pelo futuro desta terra. Ainda existem pessoas que acreditam e labutam diariamente para sobreviver a tantas intempéries econômicas, políticas e sociais.

É preciso humildade e deixar o egoísmo, orgulho, arrogância e ambição de lado. A defesa da união de ideais, a liberdade de um povo e seus valores devem ser não apenas pregados, mas colocada em prática diariamente, para garantir a perfeita harmonia individual e coletiva.

E que esta ‘guerra’ seja de todos e por todos em benefício do bem comum, ou seja, ‘um por todos e todos por um’.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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