Leondenis Vendramim

Wesley, o pequeno grande homem de Deus – parte 2

Wesley deixou um legado enorme, além dos muitos escritos sobre saúde, assistência social, como resgatar prisioneiros, abolição da escravatura, deixou a segunda maior igreja protestante nos EUA, de onde vieram missionários para o Brasil; movimentos religiosos como Exército da Salvação foram influenciados por ele e muitos movimentos de reavivamento e reforma religiosa.

Guilherme Miller (1782-1849), muito culto foi juiz e xerife, fazendeiro cético e deísta (crê num Deus sem atributos morais e intelectuais, Criador ou não), que por influência de seu tio pastor, tornou-se membro da Igreja Batista. Tornou-se estudioso da Bíblia, em especial Apocalipse e Daniel.

Chegou à conclusão que Jesus voltaria em 24 de outubro de 1844 e nessa data fechariam as oportunidades de salvação.

Seu cálculo sobre as profecias era inquestionável e arrebanhou um enorme contingente de crentes, entre eles o Pastor Josue Himes, Batista e Josias Litch, metodista e membros influentes em várias denominações que os expulsaram de suas congregações.

Contudo Jesus não veio e o dia seguinte foi de profundo constrangimento. Um grupo ficou firme estudando a Bíblia à procura da verdade, pois o cálculo estava correto.

Descobriram que o erro não estava no cálculo, mas no fato, o dia 24 de outubro de 1844 iniciaria o julgamento e não a volta de Jesus à Terra. Esse grupo tomou o nome de Batistas do Sétimo Dia. Nesse grupo estava Rachel Oack que desafiou o Pastor metodista Frederick Wheeler a estudar sobre o sábado, e após um período de estudos, começou a guardar o sábado conforme a Bíblia.

O pastor batista Thomas M. Preble publicou artigo sobre o sábado, que convenceu Joseph Bates. Este, por sua vez, escreveu o livreto “O Sábado do Sétimo Dia Um Sinal Perpétuo” que levou muitos mileritas, inclusive James White e Elle n Gould Harmon, moça de 17 anos, a guardá-lo também como dia de descanso.

O sábado se tornou um elemento unificador para o pequeno grupo de ex-mileritas, que passaram a ser conhecidos como “Adventistas Sabatistas”. Eles dedicaram os anos seguintes a investigar intensivamente as

Escrituras nos seus congressos. Assim, o grupo unido, adotou oito princípios básicos e iniciais:

1- O advento de Cristo de maneira corpórea, visível;
2- O ministério de Cristo no Santuário celestial;
3- O Sábado como dia santificado e de guarda;
4- A mortalidade da alma e sua inconsciência na morte;
5- O sábado como dia de guarda bíblico;
6- A aceitação do ministério profético de Ellen G. White;
7- Quando ocorreriam as sete últimas pragas;
8- Proclamação das três mensagens angélicas.

Com o tempo descobriram e acataram novos princípios bíblicos.

As pessoas desse grupo pertenciam a outras denominações religiosas e não tinham intenção de constituir uma nova igreja, mas de divulgar esses ensinos bíblicos e reavivar suas igrejas. Contudo, suas instruções não foram aceitas, foram maltratados, e, proibidos de pregar, expulsaram-nos de suas congregações.

Os Adventistas Sabatistas acresceram em muito o número de membros, mas ainda não tinham uma identidade denominacional e nem era uma Igreja organizada. Nas suas reuniões concluíram ser necessário constituir uma identificação religiosa organizada.

Só em 1860, adotaram o nome de Adventistas do Sétimo Dia, sugerido por David Hewitt e foi nomeada a primeira Associação Geral:

Presidente: John Byington
Secretário: Uriah Smith
Tesoureiro: Eli S. Walker

Ainda com 17 anos, Ellen G. White relatava, nas reuniões, e escrevia o que recebia, por sonhos e visões, as orientações e profecias.

Assim como Guilherme Miller era batista, seus seguidores pertenciam a várias outras religiões, Ellen G. e seu esposo James White e outros eram metodistas, ou congregacionalistas, batistas, batistas do Sétimo Dia… Ainda não havia a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela só foi organizada em Battle Creek em 21 de maio de 1863 com 3.500 membros.

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