Capivari

Confirmado caso de febre maculosa em Capivari

16/12/2016

Confirmado caso de febre maculosa em Capivari

Doença é transmitida pelo carrapato-estrela; capivaras são os principais hospedeiros do parasita
Capivara é um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela e pode ser visto em diversos pontos do Rio Capivari (Foto: Ilustrativa)
Capivara é um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela e pode ser visto em diversos pontos do Rio Capivari (Foto: Ilustrativa)

CAPIVARI | Dois casos suspeitos de febre maculosa foram registrados em Capivari neste ano. Conhecida como doença do carrapato-estrela, se não tratada a tempo, pode levar a pessoa à morte. Segundo a secretaria da Saúde, dos dois casos suspeitos, um foi confirmado.
A febre maculosa é transmitida quando a pessoa é picada por um carrapato contaminado pelo vírus da doença. Os primeiros sinais e sintomas da infecção são: febre alta, dor de cabeça e mal-estar. Poucos dias depois, lesões de pele, chamadas de máculas, podem aparecer nos membros e no tronco, daí o nome da doença ser febre maculosa.
Um dos principais hospedeiros do carrapato estrela é a capivara. A secretaria da Saúde orienta que os moradores evitem a proximidade com o animal. “O hospedeiro deste parasita é a capivara, portanto, é importante que a população evite contato com este animal”, conscientiza.
Segundo a Prefeitura, a Vigilância Sanitária realiza ações de prevenção à febre maculosa junto com as campanhas preventivas contra a dengue, zika vírus e chikungunya. Nos casos de confirmação da doença, a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) é acionada para identificar os possíveis focos do carrapato transmissor.

Doença
A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse carrapato pode ser encontrado em animais de grande porte como por exemplo bois e cavalos, além de cães, aves domésticas, roedores e, especialmente, na capivara, o maior de todos os reservatórios naturais. Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele da pessoa. Não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra.
Quando a bactéria cai na circulação causa vasculite, isto é, lesa a camada interna dos vasos. Os primeiros sintomas aparecem de dois a quatorze dias depois da picada. A doença começa abruptamente com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor da cabeça, inapetência, desânimo.
Depois, aparecem pequenas manchas avermelhadas, as máculas, que crescem e tornam-se salientes, constituindo as maculo pápulas. Essas lesões podem apresentar o componente petéqueia (petéquia é uma pintinha hemorrágica parecida com uma picada de pulga) e, às vezes, ocorrem pequenas hemorragias subcutâneas no local das maculo pápulas petéquiais.
A erupção cutânea é generalizada e manifesta-se também na palma das mãos e na planta dos pés, o que em geral não acontece nas outras doenças exantemáticas (sarampo, rubéola e dengue hemorrágica).

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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