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Ainda faltam remédios nos postos de saúde de Capivari

17/08/2015

Ainda faltam remédios nos postos de saúde de Capivari

Usuários do SUS estão cansados de ir até o Posto Central e voltar sem os medicamentos; Prefeitura alega que não teve orçamentos suficientes para realizar o pregão
Medicamentos continuam em falta na farmácia do Posto de Saúde Central (Foto: Laila Braghero/O Semanário)
Medicamentos continuam em falta na farmácia do Posto de Saúde Central, em Capivari (Foto: Laila Braghero/O Semanário)

CAPIVARI – Os postos de saúde de Capivari continuam sem os medicamentos distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A principal farmácia que fornece os remédios gratuitamente à população, localizada nas dependências do Posto de Saúde Central, amarga quase sem ninguém, pois os usuários estão cansados de ir até o local e receberem a mesma resposta: “Não tem remédio. Passe de novo outro dia”.

Um cuidador de idosos de 63 anos, que não quer ser identificado, disse que há 15 dias não consegue pegar Omeprazol e Finasterida no posto. Segundo ele, ninguém sabe informar quando a situação será normalizada. Apenas pedem para que ele volte novamente em outra oportunidade. “Já é a segunda vez [que eu venho aqui] e falam que não tem. Perguntei agora, disseram que não tem medicamento”, conta.

Uma dona de casa de 60 anos, que também não quer ter o nome revelado, está atrás de remédios para ela e o marido há mais de um mês, e disse ter medo que as receitas vençam e eles fiquem sem. Isso porque, as receitas fornecidas por médicos do SUS têm validade de seis meses nos postos de saúde. Nas farmácias populares, onde se adquire remédios por um preço simbólico, o prazo é de quatro meses.

Enalapril, Selozok e Sinvastatina são alguns dos medicamentos essenciais para a boa saúde do casal, que tem problemas de pressão alta e no coração. O AAS, que afina o sangue, foi o único remédio adquirido pelo marido da dona de casa, na unidade do Engenho Velho. “Só tinha esse. E no Posto Central não tem nenhum. O que faremos quando nossos remédios acabarem? E se as receitas vencerem?”

De acordo com o morador de 57 anos, que é aposentado, ambas as receitas vão completar seis meses de uso – cada mês é possível retirar, com a mesma receita, remédio suficiente para 30 dias, mediante um carimbo na folha – e, depois disso, é preciso ir ao médico novamente pegar novas receitas. “Daí demora para abrir as datas disponíveis, depois marcam a consulta para daqui um mês e assim vai”, explica.

Procurada, a Prefeitura informou que a situação já está sendo normalizada. Segundo o poder público, um pregão aconteceria na quinta-feira, 13, às 9h, o que possibilitaria a compra dos medicamentos em um montante previsto para 12 meses. Para resolver o problema, a Secretaria da Saúde também fez a compra direta de alguns medicamentos emergenciais que serão entregues nos próximos dez dias.

“O processo de licitação para a compra de medicamentos foi feito de acordo com os prazos e normas exigidas. Porém, para muitos medicamentos, não tiveram empresas interessadas em enviar os orçamentos, o que comprometeu a licitação, pois para cada item de medicamento é necessário pelo menos três orçamentos”, explica a Prefeitura. “Agora, com esta nova licitação, tivemos mais empresas interessadas.”

Ainda de acordo com o governo municipal, “os medicamentos enviados pelo SUS estão com a distribuição regularizada”. “Alguns poucos medicamentos que ficaram em falta já estão chegando através do SUS. Já fizemos nosso pedido ao SUS e o lote de medicamentos deve chegar nos próximos dias”, garante o poder público. Com a compra direta dos remédios, a Prefeitura informou que gastou em torno de R$ 27 mil.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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