Rafard

Câmara entrega moções e homenageia mulheres

10/03/2017

Câmara entrega moções e homenageia mulheres

Legislativo antecipou comemorações e convidou palestrantes para falar sobre a mulher, cultura e saúde; Eva e Franciele receberam moções
Acompanhada da família, Eva recebe Moção das mãos da presidente Angela (Foto: Divulgação/Câmara de Rafard)
Acompanhada da família, Eva recebe Moção das mãos da presidente Angela (Foto: Divulgação/Câmara de Rafard)

RAFARD | Depois de uma sessão tranquila, a terceira do ano, a Câmara de Rafard antecipou em um dia a comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Na noite de terça-feira, 7, Eva Ferreira de Araújo recebeu das mãos da presidente do Legislativo, Angela Barboza, uma Moção de Congratulação, pela dedicação como cuidadora de crianças no município.
Na oportunidade, a ciclista Franciele de Oliveira também recebeu reconhecimento, proposto pelo vereador Fábio Santos. Franciele foi campeã na categoria Start, do 2º Desafio de Mountain Bike Mill & Ross, realizado em Rafard no mês passado.
Como parte da programação, mulheres de destaque na sociedade rafardense participaram de uma rodada de mini palestras. A missionária e enfermeira Jeane Rodrigues de Oliveira, falou sobre a mulher em diferentes realidades culturais, contando um pouco das suas experiências vivenciadas nos cinco anos em que residiu no Senegal, país da África Ocidental.
Fátima Amâncio, que também é enfermeira na Unidade Básica de Saúde de Rafard, explicou a importância dos cuidados e a prevenção do câncer na mulher.
A programação ecumênica ficou a cargo da cantora Cleusinha, que entoou um louvor à mulher e também a pastora Alcione, que encerrou com uma oração especial. Ambas fazem parte da Igreja Batista Nova Aliança de Rafard (IBNA).
Acompanhados das esposas, o prefeito Ilson Donizete Maia e o vice Carlos Roberto Bueno, além de diretores municipais, funcionários públicos e familiares dos homenageados participaram do evento. Todas as mulheres presentes receberam flores.

Na mesma noite, vereador Fábio Santos entregou Moção de Congratulação à ciclista Franciele de Oliveira (Foto: Divulgação/Câmara de Rafard)
Na mesma noite, vereador Fábio Santos entregou Moção de Congratulação à ciclista Franciele de Oliveira (Foto: Divulgação/Câmara de Rafard)

8 de Março
As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.
Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.
O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.
Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.
Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz” – que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.
Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.
“O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países”, explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).
No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.

 

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?