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Carisma, fanatismo e critérios para avaliar situações

Pessoas carismáticas são frequentemente vistas como líderes naturais, pois têm a capacidade de motivar e unir os outros em torno de um objetivo comum.

Etimologicamente, o termo “carisma” se originou a partir do grego khárisma, que significa que quem o tem é possuidor de um dom, isto é, possui a qualidade de atrair sobre si a atenção, o interesse e a curiosidade.

Um indivíduo carismático consegue encantar, persuadir, fascinar ou seduzir um outro indivíduo, através da sua forma de ser e agir. É uma habilidade inata de alguns indivíduos, que possuem um conjunto de qualidades que o caracterizam como um ser notável, admirável ou fascinante, aos olhos de outros.

A demonstração de carisma é uma tática utilizada por alguns indivíduos na tentativa de encantar e persuadir outros indivíduos de maneira sútil.

Mas, quando o carisma se torna fanatismo?

Toda vez que há uma exacerbação da adoração popular por um indivíduo pode se dar a passagem para o estágio do fanatismo popular, ou seja, uma “paixão cega” que leva um indivíduo ou um grupo a cometer atos absurdos em prol de uma figura pública, doutrina ou ideologia, por exemplo.

O carisma, quando não é equilibrado com responsabilidade e discernimento, pode facilmente se transformar em fanatismo. O fanatismo ocorre quando uma pessoa se torna excessivamente dedicada a uma ideia, causa ou líder carismático, a ponto de perder a capacidade de pensar criticamente e questionar suas crenças ou ações.

Quando alguém carismático exerce uma forte influência sobre os outros, pode criar um ambiente propício para o surgimento do fanatismo. As pessoas podem se tornar tão envolvidas na personalidade ou na mensagem do líder carismático que perdem a capacidade de avaliar objetivamente suas ações e decisões.

O fanatismo pode levar a comportamentos extremos e prejudiciais, como a intolerância, a violência e a rejeição de informações contrárias às crenças estabelecidas. Isso pode ter consequências graves, não apenas para os seguidores fanáticos, mas também para a sociedade como um todo.

É importante, portanto, que o carisma seja acompanhado de valores éticos e morais sólidos, e que os líderes carismáticos incentivem o pensamento crítico e o questionamento saudável. A educação, a diversidade de opiniões e o respeito pelas diferenças são fundamentais para prevenir que o carisma se transforme em fanatismo, portanto, ao avaliar alguma situação o resultado da avaliação pode variar dependendo das perspectivas contextuais e dos critérios utilizados para avaliação. Por isso, é importante considerar uma variedade de critérios e dados objetivos que podem ser considerados ao comparar situações para obter uma avaliação mais completa e precisa.

Isto posto, pessoas carismáticas se comunicam bem e “seduzem” as outras pessoas. Ser uma pessoa carismática é algo que abre muitas portas, tais como: favorece um bom relacionamento interpessoal; estimula o otimismo; transmite confiança; torna o indivíduo mais acessível; ensina a lidar com as críticas; facilita a concretização de parcerias; induz o surgimento de lideranças.

Por fim, é fato que as pessoas que exibem carisma no cotidiano conseguem conquistar o respeito, a confiança e a amizade daqueles que circulam ao seu redor.

Em meio a todas as vantagens que o carisma proporciona, há algum ponto negativo a ser considerado, não por culpa da pessoa carismática, mas dos outros. Alguns indivíduos que, por serem carismáticos, estão sempre ajudando os outros, podem ser taxados de “gente boa, portanto, vamos pedir para ele! ”.

Isto posto, o carisma pode despertar a inveja de alguns indivíduos e pode despertar ciúme de outros, que acham que aquela postura não passa de uma estratégia para se promover. Portanto, é bom ficar de olho nos invejosos de plantão.

João Ulysses Laudissi

Engenheiro e ex-diretor do Senai Rafard

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