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Como combinar vinho e comida

Há algumas parcerias famosas nas quais a comida e o vinho parecem realçar-se mutuamente de modo mágico, mas, em geral, combiná-los não implica descobrir parcerias perfeitas e exclusivas.

Quase sempre, trata-se de escolher aqueles cuja aproximação é feliz “cada um deles tornado mais deleitável, em parte, simplesmente pela presença do outro” e de saber que, na maioria das vezes, diversas variedades de vinho acompanham gostosamente qualquer prato.

Normalmente utilizam regras: vinho branco com peixe e carne branca; vinho tinto com carne vermelha; e vinhos locais com vinhos regionais.

No passado, a comida era respeitada, e mesmo celebrada, por sua naturalidade. E os vinhos com quais as pessoas acompanhavam eram locais – o Novo Mundo estava fora disso.

Era bem claro, e ainda é, que vinho tinto briga com peixe, este conferindo àquele um sabor metálico ou amargo (embora pode ser acompanhado de tintos, por exemplo os de uva Pinot Noir).

Como combinar vinho e comida
Como combinar vinho e comida

Como o tanino no vinho é a principal causa do conflito, presume-se que a mistura de tintos com peixe era mais arriscada no passado, quando eles eram em geral mais taninosos do que hoje.

A única coisa que subjulga bem o sabor do tanino é a textura pesada da carne, isso foi um passo para o surgimento da regra do vinho tinto com carne vermelha.

Como há mais brancos leves do que tintos leves e, inversamente, mais tintos muito encorpados do que brancos vigorosos, deu-se o mesmo curto passo para generalizar que vinhos brancos deveriam ser consumidos com peixes e carnes brancas.

Em termos gerais, você deve procurar equilibrar o peso da comida com o do vinho, de modo que nenhum dos dois se sobreponha ao outro. Comida leve com vinho leve, comida substanciosa e robusta com vinho com encorpado (robusto).

A forma de preparo do prato influência na escolha do vinho. É muito importante ter conhecimento da cocção do ingrediente principal e dos acompanhamentos, incluindo molhos e recheios, como na pizza e no risoto por exemplo.

Saber a origem do vinho e suas características, auxilia bastante, mas você pode ir além. Buscar referências sobre a região produtora, tipo de uva e terroir, para aperfeiçoar suas habilidades.

Érica Falsirolli Franchi

Érica Falsirolli Franchi, sommelière pela Associação Brasileira de Sommeliers/ Subseção Campinas e certificada internacionalmente pelo Centro Italiano di Analisi Sensoriale – CIAS INNOVATION.

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