Editorial

Entre o céu e o inferno

Nas últimas semanas vivenciamos diferentes extremos, tanto em nossa região quanto em âmbito nacional.
Ficamos felizes com o sucesso da festa em louvor à Madroeira de Rafard, Nossa Senhora de Lourdes. Ao mesmo tempo acompanhamos o caos gerado pela greve da Polícia Militar que começou na Bahia e se espalhou por vários Estados brasileiros.
Emocionamo-nos com a pequena Alannah, de apenas 9 anos, sobrevivente de um transplante de 6 órgãos para salvar sua vida de um câncer. E assistimos revoltados ao corte de quase R$ 5,5 bilhões ao Ministério da Saúde, devido à economia nos gastos com o Orçamento da União, aprovado nesta semana pelo Congresso Nacional.
Não dá pra entender esse corte, já que ali, bem ali, no Bairro Padovani, uma fila se formou desde às 5h para conseguir atendimento só às 8h. A fila saía do Posto de Saúde e ia até a ponte. O que dizer? Ah, eram só cidadãos esperando mais de três horas por atendimento na saúde. E cidadãos que pagam impostos e elegem políticos para dirigir as cidades, estados e o país e que teriam a obrigação de saber o que está acontecendo e evitar esses dissabores.
E enquanto os comerciantes são pegos de surpresa por uma decisão judicial que determinou a interdição do Mercadão Municipal, e que os deixou sem saber pra onde ir, a família do zagueiro capivariano Bruno Uvini, do São Paulo Futebol Clube, comemora o empréstimo do jogador ao Tottenham, da Inglaterra.
Agora vem o Carnaval. Em algumas cidades há programações mais recheadas; em outras os eventos são tímidos. Talvez as comemorações sejam reflexo da administração – quanto melhor o desempenho, mais se tem a mostrar e comemorar, quanto menor… Bom, é melhor nem aparecer muito.
Verdade seja dita: infelizmente não temos muito a comemorar. Os problemas aumentam a cada dia, as autoridades dizem desconhecer os problemas que afetam o dia a dia da população.
E como bem já disse o jornalista Carlos Nascimento, apresentador do Jornal do SBT: “ou os problemas brasileiros estão todos resolvidos ou nós nos tornamos perfeitos idiotas”.
Se chorar não resolve, então vamos cair na folia com responsabilidade, aproveitar o pouco que nos é oferecido e participar da cultura popular brasileira, lembrando é claro, que passando os dias de festa, é hora do ano começar pra valer.
Boas festas!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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