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Etanol volta a subir nos postos

O etanol voltou a subir nas bombas dos postos de combustíveis de todo o país. E a alta dos preços já é sentida na região.
Levantamento feito na semana passada pelo Jornal O Semanário em postos de Rafard e de Capivari mostra que, em média, o preço do litro do etanol subiu 7% em apenas um mês. O preço passou de R$ 1,89 para R$ 2,00.
Em Piracicaba esse valor é bem menor e o aumento fica em torno de 4,5%. Na maioria dos postos da cidade, o valor do litro do combustível é de R$ 1,86.
A expectativa é que esse movimento de alta perca força em meados de abril, com o início da colheita da nova safra de cana-de-açúcar.
De acordo com o presidente do Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e região), Flávio Campos, a valorização reflete o comportamento dos preços ao produtor, em alta há sete semanas seguidas, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).
Entre 19 e 23 de março, o reajuste do Indicador Cepea/Esalq do hidratado (usado direto na bomba) foi de 0,18% no mercado paulista, fechando a R$ 1,2099 o litro (sem impostos), ante R$ 1,2077 o litro na semana anterior. Campos lembrou ainda que os preços do etanol estão bastante atrelados à decisão do consumidor. “Ao migrar para o etanol, o preço tende a subir e vice-versa”, afirmou o presidente da entidade. (Fonte: Jornal de Piracicaba).

O estudo da Ufscar
Um estudo da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba, realizado em 18 cidades do interior de São Paulo, aponta que o preço do etanol em queda leva mais tempo para ser repassado ao cliente do que quando sobe.
O estudo, que envolveu cidades de 25 mil até 1 milhão de habitantes, mostrou um descompasso no repasse dos acréscimos e decréscimos de preço.
“Constatamos que os donos de postos costumam transmitir por mais tempo e com margem maior os aumentos do que a diminuição nos preços”, disse o professor Danilo Rolim Dias de Aguiar, do Departamento de Economia da universidade. “Dessa forma, eles conseguem uma margem maior de lucro”, disse. O estudo foi realizado pela aluna pós-graduanda Jaqueline Zani dos Santos, sob a orientação de Aguiar e, segundo ele, revela que os postos abusam de seu poder de mercado, principalmente nas cidades menores.
Nessas cidades, a tendência de formação de cartel é maior. A maioria dos 11 municípios em que o preço demorou mais a cair tem quantidade menor de postos do que aqueles em que a queda foi mais rápida.
De acordo com o orientador, ficou bem claro que os donos de postos são mais rápidos para aumentar os preços do que para diminuir. “É como se o preço subisse de elevador e descesse pela escada”, comparou. Em todas as cidades, o estudo constatou que a margem de acréscimo de preços é sempre maior no primeiro mês quando o preço sobe do que quando cai.
A pesquisa usou os preços médios praticados pelos municípios e registrados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), tanto no atacado como no varejo. Aguiar disse que o próximo passo será estender o estudo para outros combustíveis, como a gasolina e o óleo diesel.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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