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Na falta de medicamentos nos postos de saúde, cidadãos podem recorrer às farmácias populares

07/10/2015

Na falta de medicamentos nos postos de saúde, cidadãos podem recorrer às farmácias populares

Remédios para hipertensão, diabetes e asma podem ser adquiridos gratuitamente nos estabelecimentos credenciados; programa, no entanto, deve ser reduzido no ano que vem

CAPIVARI E RAFARD – O programa federal “Aqui Tem Farmácia Popular” é uma saída para aqueles que não encontram os medicamentos nos postos de saúde de Capivari e Rafard e pode ser usufruído por qualquer pessoa, seja ela usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) ou não. Criado em 2006, o programa permite a retirada gratuita em farmácias particulares credenciadas de remédios para hipertensão, diabetes e asma.

Medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas também podem ser adquiridos nessas farmácias. Os descontos chegam a 90%. Para isso, basta comparecer a uma unidade credenciada ao programa portando uma receita médica válida e um documento oficial com foto no qual conste seu número de CPF – a carteira de motorista, por exemplo.

De acordo com o Ministério da Saúde, a receita médica deve ter validade de até 120 dias em casos de medicamentos ou fraldas geriátricas e um ano para anticoncepcionais, tanto do SUS quanto da rede particular. Ela também precisa estar assinada e carimbada pelo médico e deverá conter o endereço do estabelecimento de saúde, a data de prescrição e o nome e endereço do paciente.

Atualmente, em Capivari, 17 farmácias fazem parte do programa. Os moradores de Rafard, por sua vez, têm uma farmácia à disposição. Todos os estabelecimentos credenciados possuem um cartaz na fachada com o nome do programa. Já o “Farmácia Popular” tem 85 unidades próprias espalhadas por todo o Brasil. Confira abaixo a lista de medicamentos disponibilizados pelo “Aqui Tem Farmácia Popular”.

Ameaçado

No entanto, na última semana, o governo federal enviou ao Congresso uma proposta orçamentária para 2016 que prevê repasse zero à ação, que neste ano vai receber R$ 578 milhões. Com a redução, continuarão sendo distribuídos gratuitamente apenas os medicamentos para hipertensão, diabetes e asma, os quais são considerados o braço do programa e integram a campanha “Saúde Não Tem Preço”.

O corte, que leva em conta a crise financeira que o país está enfrentando, ameaça também o convênio com as farmácias particulares, sobrando apenas as unidades próprias do “Farmácia Popular”, que podem ser localizadas em grandes centros – a mais próxima de Capivari e Rafard está em Santa Bárbara d’Oeste. Porém, segundo o Ministério da Saúde, a situação ainda pode ser revertida e o programa, mantido.

Em nota divulgada pelo Bom Dia Brasil na última quarta-feira, 30, o Ministério da Saúde disse que trabalha para solucionar o problema e encontrar novas fontes para financiar o programa. Além disso, admitiu que a situação preocupa e traz riscos à manutenção do SUS, uma vez que, sem remédios, o índice de doenças aumenta na mesma proporção das internações e das despesas do hospital e do governo.

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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