Poesias

Ó, filósofos!

Onde estais, ó filósofos, socráticos e pré-socráticos?
Onde e como repousam suas almas, seus espíritos de além-túmulo?
Onde estão suas verdades, seus lemas e dilemas?
Jazem no esquecimento das memórias coletivas,
dos pensadores humanistas, seculares e ancestrais
dominando, desde Atenas, até os povos ocidentais
– Sabeis que hoje, o mundo é outro; a eternidade, a mesma!
Nos primórdios, a lentidão, a ciência e a solidez –
duradouras e assimiláveis através dos séculos;
hoje, a modernidade líquida, de fácil fluidez
como águas torrenciais em dias de vendavais;
as verdades de hoje, são as mentiras do amanhã
de histórias mal faladas ou lendas medievais.

A separação entre a mitologia, verdade e a lógica
A ontologia, ciência do ser: imutável, eterno e só ele;
o epicurismo dos luxos suntuosos, a paz e a natureza,
que hoje definham e desfalecem, para suas tristezas.
Os hedonistas, na busca do prazer incessante
como único propósito da finalidade humana,
as paixões, os delírios e desejos imediatos,
que ainda prevalecem nos tempos hodiernos.
Os sofistas: a persuasão em busca da razão,
o fato que não é fato, mas a forma como se parece…
– Ó paroleiros, por que argumentastes e falastes demais?
Convencendo os atenienses de estranhos deuses, direis vós!
O Deus desconhecido, tanto procurastes e não encontrais;
hoje, Nosso Único Deus, Imortal, Invisível, mas Real…

Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial
Dario Bicudo Piai, engenheiro e perito judicial

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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