Rafard

O importante papel da mulher na sociedade

Antonia Alves Qualiato

Comemorou-se ontem, 8, em todo o mundo, o Dia Internacional da Mulher.
Data que relembra a trágica história de funcionárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque (EUA), que reivindicavam seus direitos trabalhistas e que em retaliação, foram ali trancadas e queimadas vivas. Mais de 130 tecelãs morreram.
Mas em 1910, numa conferência na Dinamarca, decidiu-se que o dia 8 de março seria lembrado como o Dia Internacional da Mulher, em homenagem àquelas bravas lutadoras que perderam a vida na busca de seus direitos.
Em 1975, finalmente, a ONU (Organização das Nações Unidas), por meio de um decreto, reconheceu essa data como oficial.
E até hoje, nesse dia, em toda parte do mundo, mulheres que se destacam na sociedade com seu trabalho, sua vida ou sua dedicação ao próximo, são homenageadas como referência a todas as mulheres.
O Jornal O Semanário Regional poderia utilizar como exemplo uma lista quase sem fim dessas mulheres que, muito além de si mesmas, enfrentam as dificuldades do dia a dia e se dedicam por uma causa que acreditam.
Umas dessas mulheres é Antonia Alves Qualiato, a Dona Toninha, 68, rafardense da Fazenda Itapeva.
Chegou à cidade aos 6 anos, a mais velha dentre 6 irmãos.
Casada há 49 anos com Toninho Quagliato, é mãe de 3 filhos: Andréia, Ângela e Nelson, e avó de 3 netas: Eleonora, Emanoela e Isabela.
Toninha faz artesanatos e pinta quadros.
Ela lembra que sempre ajudou nos trabalhos da igreja, na limpeza e arrumação de vasos. Deu aula na catequese por 30 anos, desde solteira, e ficou 15 anos na coordenação. Atualmente também faz parte da Diretoria do Grupo Sempre Jovem, da 3ª Idade de Rafard.
Em outubro de 1999 Toninha deixou a catequese e assumiu a Pastoral da Criança .
Há 12 anos, é coordenadora da pastoral, que conta com 12 líderes. Ela fala que todas são responsáveis por cerca de 120 crianças cadastradas.

O tempero deu certo
Quem entra na cozinha das festas da Igreja Católica em Rafard, já avista de longe a Toninha dando seus palpites aqui e ali, tomando conta e organizando os temperos e os ingredientes com as companheiras voluntárias, que dão aquele toque especial aos deliciosos pratos saboreados nas festas religiosas da cidade. Há 20 anos ela está à frente do trabalho numa equipe de aproximadamente 30 pessoas.
A coordenadora ressalta que sem as companheiras de trabalho nada seria feito. E dentre tantas, destaca a amiga “Biba”, sempre ao seu lado na organização dos eventos.
Toninha fala que as mulheres de antigamente se casavam cedo, pois não tinham muito o que fazer. Por isso tinham mais tempo para os trabalhos sociais e manuais. As mulheres de hoje trabalham por necessidade, pelo padrão de vida diferenciado. “Hoje elas são mais preocupadas pois antigamente a vida era mais calma e a mulher dependia mais dos homens”, explica.
Na sua opinião as mulheres de hoje são mais importantes que as mulheres de sua época. “Antigamente éramos obedientes ao pai, depois ao marido. Atualmente elas trabalham em casa, cuidam dos filhos e trabalham fora. É uma vida corrida. Elas podem exigir igualdade. “No tempo de minha mãe mulher era quase uma empregada dentro de casa”, diz.
Para Toninha, a comemoração ao Dia Internacional da Mulher é muito válida, mas acrecida que todo dia deve ser lembrado como dia da mulher e acredita também que deveria haver um dia para o homem. “A mulher é importante, mas tem que ter um homem ao lado dela. É como dizem: atrás de um grade homem tem sempre uma grande mulher, e atrás de uma grande mulher tem um grande homem. Um completa o outro”.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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