Região

O retorno à casa do Pai Eterno

Diácono Edgard Oliveira Batista
Animador Diocesano da Pastoral da Esperança

Nossa caminhada neste mundo um dia terá o seu fim. A Liturgia da Igreja nos consola afirmando que “a vida não será tirada, mas transformada”. Santo Agostinho também nos diz que, apenas, “passaremos para o outro lado do caminho”. Especialmente nestes tempos de pandemia, quando muitos parentes e amigos nos deixaram e ainda nos deixam tenho refletido sobre essa páscoa.

Pensando na limitada vida terrena imagino os encontros e reencontros no “outro lado”. Serei acolhido pela Santíssima Trindade com a Virgem Maria, com os Santos e Santas e os Anjos de Deus.

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Foto: Reprodução internet

Por Cristo, com Cristo e em Cristo reencontraremos, exultantes de alegria, aqueles(as) que conviveram conosco: mãe, pai, filho, filha, irmão, irmã, parentes, amigos(as).

Como serão os “abraços” e as frases de tais encontros? Penso que poderei ouvir minha mãe me dizendo: “Filho, eu e seu pai esperávamos ansiosamente a sua vinda, enquanto intercedíamos a Deus pela sua felicidade na terra e para que você nunca se desviasse do ‘Caminho’. E eu poderia responder: “‘Estou aqui pela misericórdia de Deus’”.

Cada um(a) que chega é festa no céu. Acaba o calvário da terra que se iniciou com o pecado dos primeiros pais no paraíso.

Com a morte e ressurreição de Jesus, a morte foi vencida. Com a páscoa de cada um(a) é chegada a hora da felicidade plena. Hora de viver o amor sem fim. Aquele amor que Jesus tem por todos, de modo especial pelos humildes, pobres, doentes e sofredores.

O amor sem limites que Ele nos mostrou quando caminhou entre nós. Amor tão grande que chegou ao ponto d’Ele oferecer a sua vida pela nossa salvação.

Enquanto aqui vivemos, que Deus nos dê a sabedoria de escolher as verdadeiras riquezas. Sabemos que a nossa vida nesta terra é finita. Um dia ela termina no tempo terreno para continuar na eternidade.

Muitas vezes gastamos nossa vida neste mundo atrás de muitas coisas que não poderemos levar quando voltarmos para a casa do Pai eterno.

As riquezas deste mundo ficarão aqui. Levaremos o bem eterno; o amor/caridade, que buscamos, alicerçados na fé e na esperança. Um dia devemos nos apresentar ao justo juiz, sabendo que, mesmo fazendo tudo o que devíamos fazer, seremos “servos inúteis”. Nossa salvação se dará apenas pela graça e pela misericórdia divinas, em razão de Jesus ter entregue a sua vida a nós, na cruz, para a nossa salvação.

Às vezes, ficamos com medo de encontrar um pai severo pronto para nos castigar pelos nossos pecados. É o que merecemos. Mas não foi assim que Jesus nos falou do Pai.

Até porque Ele deu sua vida na cruz justamente para apagar os nossos pecados e nos reconciliar com o Pai. Dessa forma, viveremos uma eternidade feliz contemplando a glória divina. Os(as) filhos(as) pródigos(as) serão recebidos(as) com o abraço do Pai misericordioso.

Se hoje imaginamos o quão é imenso amor de Deus por nós, lá veremos que esse amor é muito maior do que pensamos. É amor que custou a vida do Filho de Deus, portanto, amor infinito.

Sobre a nossa passagem deste mundo para o Pai, a Igreja, “Mater et Magistra”, nos ensina: “Na morte, Deus chama o homem a si. É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, um desejo semelhante ao de São Paulo: ‘O meu desejo é partir e ir estar com Cristo’ (Fl 1,23); e pode transformar sua própria morte em um ato de obediência e de amor ao Pai, a exemplo de Cristo” (CIC 1011). “…Em todas as tuas ações, em todos os teus pensamentos deverias comportar-te como se tivesses de morrer hoje. Se tua consciência estivesse tranquila, não terias muito medo da morte. Seria melhor evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã?” (CIC 1014).

“Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode escapar. Ai dos que morrerem em pecado mortal, felizes aqueles que ela encontrar conforme a vossa santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal” (São Francisco de Assis – Cântico das Criaturas).

Rezemos pedindo a São José, que morreu na presença de Jesus e Maria Santíssima, que interceda junto a Deus para que tenhamos uma boa morte.

Igreja em notícias

Finados

A Diocese definiu programação de missas para o Dia de Finados, celebrado na próxima terça-feira (2), em cemitérios das cidades do território diocesano. Além de Piracicaba, que contará com 14 celebrações, estão previstas missas em Rio Claro, Mombuca, Capivari, Rio das Pedras, Santa Bárbara d’Oeste e Rafard. Confira horários e mais informações no site www.emfoco.org.br.

Cores

O cemitério Parque da Ressurreição terá programação especial para que visitantes possam homenagear entes queridos no Dia de Finados. Uma das atividades será a dinâmica “Dê cor ao seu sentimento”, na qual as pessoas serão convidadas a expressar suas emoções através das cores, criando um painel multicolorido no local. Saiba mais: www.emfoco.org.br.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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