O presidente da Câmara Municipal de Rafard, Rodolfo Antônio Minçon (PPS) convocou uma coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira, 28, no plenário da casa.
O objetivo da reunião foi esclarecer as denúncias feitas na semana passada pelo vereador Fernando Qualiato Moreira (PSDB), sobre a suposta existência de fraude no concurso público da Câmara Municipal, realizado no mês de fevereiro.
Durante a coletiva, o presidente da Câmara, Rodolfo Minçon e o chefe de gabinete, Marcos Paulo Braggion responderam às perguntas de todos os representantes da imprensa de Rafard e Capivari.
A denúncia
O vereador Fernando Qualiato Moreira (PSDB) denunciou a existência de fraude no concurso público da Câmara Municipal de Rafard, durante a última sessão ordinária, na noite de terça-feira, 20, na tribuna livre.
O vereador diz que as vagas estavam pré destinadas para algumas pessoas antes da realização das provas.
Moreira registrou em cartório as iniciais dos nomes dessas pessoas e publicou uma nota com as iniciais no Jornal de Piracicaba, declarando que esses inscritos seriam aprovados no concurso público da Câmara.
Na última semana, Fernando Moreira também protocolou um pedido de afastamento do presidente do legislativo.
Segundo o site da EPTV Piracicaba e Região, o promotor de justiça de Capivari, Luis Felipe Tegon Cerqueira Leite vai ouvir os envolvidos e analisar os documentos entregues ao Ministério Público, dentro de 30 dias.
A coletiva
O presidente da Câmara, Rodolfo Minçon, explicou que está ciente dos fatos e que se pronunciou somente nesta semana devido aos preparativos para a sessão solene do aniversário de Rafard, que aconteceu na quinta-feira, 22.
Minçou informou que a denúncia contra o concurso é confusa, mas que ele tem que mostrar a legalidade do processo. Apesar disso, afirma que tanto ele quanto a empresa responsável, não receberam nenhuma notificação judicial sobre o assunto e que a denúncia nem chegou a ser protocolada na Câmara.
Para a organização do concurso foi montada uma comissão, formada pelos servidores da Câmara, José Roberto Sampaio, Sandra Aparecida Servelin Zani e Simone Ferreira. Segundo o chefe de gabinete da Câmara, Marcos Paulo Braggion, essa comissão orientou o presidente a realizar cotação de preço para contratar uma empresa que realizasse o concurso público. “Nenhum funcionário, em momento algum, participou da elaboração do concurso público”, afirmou.
Minçon rebateu as acusações de Moreira, que declarou a imprensa que o presidente havia se recusado a comunicar o nome da empresa que realizou o concurso. “Como nós não conversamos, ele deveria ter feito um requerimento para saber quais empresas participaram da cotação de preços e a qual teve melhor resultado e realizou a seleção”, esclareceu.
O presidente mostrou as empresas de Recursos Humanos que foram cotadas para realizar o concurso: Concesp, da cidade de Campinas, cujo valor cobrado era de R$ 7, 8 mil; Sigma RH, de Mogi Guaçu: R$ 12 mil; Instituto Enoxic, de Capivari, R$ 7 mil. A última foi a empresa vencedora e que realizou o concurso.
Indagado se irá tomar alguma providência para esclarecer as afirmações que foram veiculadas pela imprensa, Minçon afirma que vai aguardar uma denúncia formal ao Legislativo e a notificação do Ministério Público, se realmente houver. “Estou tranquilo e nada mais tenho a dizer sobre os fatos”, encerrou Minçon.