Os professores e funcionários administrativos do Instituto Federal São Paulo, Campus de Capivari, entraram em greve por tempo indeterminado na quinta-feira, 25, “em adesão ao movimento nacional para valorização da educação pública de qualidade”.
A paralisação teve a adesão de profissionais de toda a Rede Federal de Ensino. Ao todo, 192 unidades do Instituto Federal estão com as salas de aula vazias.
Além de um reajuste salarial emergencial de 14,67%, calculado com base Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e na variação do Produto Interno Bruto (PIB), os profissionais cobram reestruturação de carreira para os docentes e revisão de benefícios, entre outras reivindicações.
Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, desde 2010 a classe vem tentando negociar suas reivindicações com o Governo Federal, porém tem sido ignorada.
Em carta aberta à população, os profissionais do Instituto Federal defendem que a “greve não é uma simples suspensão das atividades”, mas “um instrumento legítimo, usado em todo o país, diante de uma realidade injusta”. Segundo o documento, “enquanto o Governo Federal investiu alto na criação de novos Institutos Federais de Educação, a valorização da educação profissional não teve o mesmo tratamento”.
Ainda na carta aberta à população, os grevistas afirmam que a paralisação “se faz necessária para trazer a reflexão a público”. “Esperamos que com ela [greve] o Governo Federal mude sua atitude, que até aqui tem sido de descaso. Esperamos contar com a compreensão da comunidade escolar. De fato, precisamos do apoio de alunos, pais, mães, familiares. O objetivo da greve é comum a todos. Recuperar a imagem, cada dia mais distante da realidade, de um Instituto Federal de Educação como Centro de Excelência de Ensino, símbolo de educação de qualidade e esperança de um futuro melhor para nossos jovens”, diz o documento.