Leondenis Vendramim

Teísmo

O vocábulo teísmo, foi usado desde o séc. XVII para indicar, genericamente, a crença em Deus, em oposição ao ateísmo. Os teístas creem na inexistência de um ou mais deuses (assim foi utilizado por Voltaire, Dictionnaire philosophique, a. Théiste). Imanuel Kant (1724-1804) definiu e usou o termo “teísmo” com seu significado específico, em oposição a deísmo.

Embora, 72% dos filósofos tenham sido considerados ateus, uma plêiade de 12%, os mais respeitáveis pensadores defendiam o teísmo. Juntamente com Imanuel Kant, temos Kierkegaard, Leibniz, John Locke, Descartes, Tomás de Aquino, crentes e professos na existência divina.

Segundo o filósofo Felipe Miguel, dos dez maiores filósofos do mundo, cinco eram teístas (Kant, Leibniz, Locke, Aquino), dois eram ambíguos (Hume e Witgenstein)) e três: Sócrates, Platão e Aristóteles eram deístas, contudo, elaboraram trabalhos teístas, nenhum deles foi considerado radicalmente ateu, nem agnóstico.

Teísmo é o conceito filosófico que defende a existência de Deus ou deuses, ou seja, entidades divinas, superiores, que teriam sido as responsáveis pela criação do Universo e de todas as coisas que nele existem.
A palavra “teísmo” incorpora a ideia da existência do monoteísmo (um só Deus), politeísmo (vários deuses). e henoteísmo (heno, um ser supremo) mais theós, (deuses), mais o sufixo ismo. É a crença na existência de vários deuses, governados por um deus superior a eles.

Os hinduístas são politeístas porque creem em muitos deuses; Sendo assim, os teístas podem ser monoteístas, como os judeus: “Ouve ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deut. 6:4) e pelos cristãos monoteístas, e islamitas por crerem num só Deus e pelos politeístas como os hindus e afros-espiritualistas por acreditarem na existência de muitos deuses. Os monoteístas acreditam na existência de um Deus pessoal único, eterno, vivo, participativo, transcendente, onipotente, uma minoria deles não acreditam na total onisciência, onipresença e soberania.

Teísmo não é considerado religião. Não possui sistema de crenças e rituais, nem sacerdócio, nem é entidade institucional. É simplesmente o nome que se dá às opiniões filosóficas de estudiosos a respeito da teogonia. É um conceito que se limita a classificar aquilo que está relacionado com a existência ou não de deuses. Teologia, por exemplo, é uma disciplina que se baseou e nasceu do conceito de teísmo.

Teísmo Aberto. Os homens gostam de brincar de filósofos, principalmente sobre aquilo que não lhe está ao alcance, ficam espiando pelas frestas os escurecidos recônditos divinos. Há muito, os cristãos têm por base:

“Creio em Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da Terra e de tudo o que neles há. A maioria dos cristãos crê no Deus onisciente, onipresente e soberano. Não é assim com os filósofos e teólogos do teísmo aberto ou o Deus aberto.

Embora se cogitem muitos nomes, parece, contudo, que o teólogo Clark Pinnock cunhou a expressão “teísmo aberto” em 1986 no seu livro “Deus limita Seu Conhecimento”. John Sanders é considerado o grande propagandista dessa doutrina. Tal pensamento logo adquiriu adeptos, aqueles cuja avidez pelas novidades é ligeira. A nova doutrina, tida como herética pelos cristãos tradicionais, ensina que Deus abriu mão de seus atributos.

Dizem tais teólogos que o Criador é Todo-Poderoso e conhece todas as coisas, mas não conhece as coisas que ainda não aconteceram. Pelo fato de não terem acontecido (ainda) elas não estariam na presença de Deus. Ou seja, Deus não sabe ainda, pois devido ao livre-arbítrio que concedeu ao homem, não sabe que decisão o homem vai tomar.

Assim Deus conhece o futuro, mas não todo. Deus está no controle, mas não interfere na vontade do homem. Isso, o que afirmam eles, faz com que ele seja soberano, pois mesmo não sabendo o que os homens irão fazer, tem o controle em suas mãos. Desse modo, Deus abriria mão de conhecer o futuro devido ao livre-arbítrio que deu ao ser humano, logo, Deus se esvaziou de sua soberania, diminuiu em onisciência, onipotência e onipresença.” Pastor Guedes.

Segundo o Pr. Guedes: no Brasil os maiores defensores dessa heresia são os pastores: Ricardo Gondim Rodrigues da Assembléia de Deus Betesda, Ed René Kivitz da Igreja Batista e o escritor Paulo Brabo.

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