Rafard

UMS realiza combate à obesidade infantil

A Diretoria de Saúde do município de Rafard iniciou no último dia 5, uma série de trabalhos para combater a obesidade infantil.
A primeira palestra, ministrada pela nutricionista Graziela Cossari Bressiani, falou para alunos de 3 salas de 5ª série, na Escola Jeni Aprillante. Na palestra, Graziela fala um pouco da alimentação infantil, das causas da Obesidade e tratamentos.
A Obesidade Infantil já é considerada o distúrbio nutricional mais comum na infância. Em 1998, a Organização Mundial de Saúde declarou a Obesidade Infantil uma “epidemia global”: mais de 22 milhões de crianças com idade inferior a 5 anos apresentam excesso de peso ou obesidade franca. Mais de 2/3 destas crianças se tornarão adultos obesos e terão sua expectativa de vida reduzida em 5 a 20 anos.
No Brasil, apesar da desnutrição ainda ser uma triste realidade, a Obesidade Infantil praticamente dobrou nos últimos 10 anos. Calcula-se que cerca de 15% das crianças brasileiras sejam obesas.


As crianças com sobrepeso são em regra muito envergonhadas com o seu corpo. Elas têm mais dificuldade em combater esse problema, não só porque têm vergonha do corpo, mas também porque têm vergonha de fazer exercícios na frente das outras crianças. “A única forma de ajudar o seu filho é ajudá-lo a fazer exercício e a ter uma alimentação equilibrada”, afirma a nutricionista Graziela.

As causas da Obesidade
Nos últimos anos, numerosos estudos têm sido realizados para descobrir as verdadeiras causas da obesidade infantil. A maioria deles identifica os erros nos hábitos alimentares como o principal fator responsável pela obesidade nas crianças. Além disso, a falta de atividade física e outros fatores genéticos têm sido identificados como principais razões do ganho de peso repentino em crianças.

Os tratamentos
A nutricionista explica que os pais devem consultar nutricionistas para elaborar um plano de dieta adequado, que deve excluir o alimento considerado “lixo”. Outra boa forma de ajudar as crianças a perder peso é o incentivo dos pais na participação de esportes ao ar livre.

Como saber se a criança está sofrendo de Obesidade?
Um dos índices mais conhecidos para avaliar o nível de Obesidade é o Índice de Massa Corpórea, conhecido pela abreviatura IMC. O IMC foi adotado pela Organização Mundial de Saúde para estabelecer os critérios de obesidade.
O IMC (expresso em kg/m²) é determinado pela fórmula:
Peso do corpo em Kg/ altura x altura. Por exemplo, uma criança com 1,20 m e peso 22 Kg, terá o IMC = 22. O cálculo é feito da seguinte forma: 22/ 1,2 x 1.2 = 22. A criança com este IMC é considerada com peso normal à altura, conforme tabela baixo. Esses cálculos podem ser feitos por qualquer pessoa, em qualquer idade.
No entanto, apesar de ser fácil de calcular e interpretar, os parâmetros oferecidos pelo IMC não costumam ser utilizados isoladamente para determinar a presença de Obesidade Infantil.
Os especialistas empregam uma tabela de percentis relacionados ao IMC. Estes percentis variam de acordo com a altura, o peso e a idade da criança. A Obesidade Infantil corresponde a um percentil acima de 95, ou um peso cerca de 20% acima do considerado ideal para a idade e altura.

O que causa a Obesidade Infantil?
A causa mais comum repousa no desequilíbrio entre o que a criança come e a energia que ela gasta.
A dieta brasileira tradicional (arroz, feijão, carne, saladas, legumes e frutas) vem sendo substituída por opções ricas em calorias, porém nem sempre com bom valor nutricional. E para piorar a situação, as porções dos lanches vêm aumentando assustadoramente.
As refeições hipercalóricas não são um problema das classes mais favorecidas: as estatísticas mostram que a Obesidade Infantil afeta todos os níveis sociais. Afinal de contas, é simples, barato e fácil comprar e consumir alimentos ricos em calorias (biscoitos, salgadinhos industrializados, doces) que alimentos mais saudáveis (como frutas, verduras, legumes, etc).
O sedentarismo aumentou e as crianças passam mais tempo em frente à televisão, computador e videogame do que correndo na rua, jogando bola ou andando de bicicleta.
Estudos revelam que cerca de 10% das crianças que passam mais de 1 hora na frente da TV são obesas. Mais da metade dos comerciais veiculados durante programas infantis fazem propaganda de lanches, refrigerantes, sucos ou outros tipos de alimentos hipercalóricos, que acabam influenciando negativamente o hábito alimentar infantil.
Como as crianças de hoje têm o mesmo tamanho daquelas de outrora, o resultado do maior consumo de calorias e do aumento do sedentarismo só poderia resultar em uma coisa: a obesidade.

Quais as complicações da Obesidade Infantil?
A obesidade infantil pode afetar a saúde da criança de diversas formas. A depressão é frequente. Quando associada à baixa auto-estima, ela pode dificultar o relacionamento social da criança e resultar em uma sensação de impotência frente ao problema. Estudos mostram que crianças obesas apresentam uma tendência maior para desenvolver problemas psiquiátricos quando comparadas a crianças não-obesas.
A obesidade infantil tende a se estender para a idade adulta: cerca de 40-70% das crianças que chegam à adolescência obesas se tornam obesas pelo resto da vida.

Campanha
A campanha é uma iniciativa do trabalho é do Ministério da Saúde e da Diretoria de Saúde do Município de Rafard.
Os trabalhos da Campanha contra a Obesidade Infantil deverão se estender durante todo ano de 2012 em Rafard.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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