A lei que proíbe o uso de sacolas plásticas, a base de petróleo, começou a vigorar no início do ano, mas ainda gera discussões.
Com o fato de as sacolas plásticas, mesmo as oxibiodegradáveis, passarem a ser cobradas, muitos consumidores estão carregando suas compras em caixas de papelão, e o que aparentemente parece ser uma solução, acaba sendo um problema quando essa caixa de papelão já transportou, por exemplo, produtos de limpeza.
Pensando nisso, o vereador de Capivari, Valdir Vitorino (PDT), está produzindo um projeto de lei que traria aos supermercados a obrigatoriedade de oferecer gratuitamente um meio seguro e higiênico para que os consumidores carreguem suas compras, como por exemplo, um saco de papel.
Um estudo encomendado pelo setor de fabricantes de sacolas de plástico aponta que as caixas de papelão utilizadas atualmente, como alternativa às sacolas, apresentam alto índice de contaminação microbiana, enquanto nas sacolas plásticas o índice era zero.
Segundo Valdir, o questionamento que embasa o projeto de lei proposto é: “se existe uma opção, a sacola ou embalagem biodegradável e que não agride o meio ambiente, porque o supermercado não fornece gratuitamente?”
O Jornal O Semanário recebeu uma declaração da APAS (Associação Paulista de Supermercados), e a entidade afirma que também tomará providências para melhorar a situação dos consumidores: “A entidade está consciente de que a metodologia atual de redução de sacolas descartáveis trouxe alguns desconfortos, principalmente no caso de compras emergenciais ou daqueles que simplesmente se esqueceram de trazer a sua sacola. Para melhor atender às necessidades dos consumidores, nos próximos dias a APAS apresentará às autoridades (Governo do Estado, Prefeitura, Ministério Público, Procon) uma sugestão de aperfeiçoamento do programa no sentido de compatibilizá-lo ainda mais com o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) do Governo Federal”.
Outra polêmica é a transferência do custo para o consumidor, já que as sacolas não são mais “compradas” pelos supermercados e eram embutidas no valor final do produto. Por que agora, sem a utilização delas, os produtos não tiveram redução de preço?
Durante a sessão da Câmara surgiram questionamentos e o vereador retirou o projeto de lei para adequações, porém, afirmou que vai completá-lo e apresentará novamente para discussão e votação.