Capivari

Vigilância epidemiológica investiga surto de diarreia em escola

Um surto de diarreia e vômitos atingiu alunos da Escola Alegria de Crescer na semana passada, em Capivari.
Cerca de 48 atendimentos na Unimed Capivari detectaram que crianças na faixa etária de 2 a 5 anos, estudantes da mesma escola, apresentavam sintomas semelhantes como fortes dores abdominais, vômitos e diarreia.
O pediatra Ermeson Guimarães de Oliveira atendeu 5 crianças com os mesmos sintomas, na quinta-feira, 22, em seu consultório. Ele conta que a sintomatologia dessas crianças era dor abdominal de forte intensidade acompanhada de vômitos, e algumas ainda apresentavam diarreia. O médico afirma que ao verificar a semelhança entre os casos, comunicou imediatamente a responsável pela vigilância epidemiológica do município e solicitou que a vigilância sanitária também fosse acionada para realizar o diagnóstico epidemiológico e possível diagnostico etiológico do surto.
A orientadora pedagógica da escola, Nancy Pacheco Marturano Matavelli, afirma que comunicou à Vigilância Sanitária o ocorrido, na sexta-feira, 23, após várias ligações de pais de alunos da escola que apresentaram os mesmos sintomas de vômito, diarreia e dores abdominais.
A Vigilância Sanitária esteve na EAC logo após a solicitação do pediatra, analisou todo o prédio, a cantina e colheu amostras de água. Descartada a hipótese de intoxicação alimentar, as amostras foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Como medidas de segurança, a escola suspendeu as aulas na sexta-feira, 23, e retornou na última segunda, 26. Um comunicado explicando a situação foi enviado a todos os pais. Durante o recesso, toda a escola foi higienizada com cloro e álcool e disponibilizada água mineral para todas as pessoas que fazem parte da instituição.

O laudo
À espera de uma resposta para o problema, muitos pais, por medida de segurança, evitaram mandar os filhos pequenos à escola durante a semana, aguardando o resultado das análises feitas na água.
Segundo o professor Josivaldo Braggion, os pais devem ficar tranquilos quanto à saúde dos filhos na escola porque todas as medidas exigidas pela Vigilância Sanitária foram atendidas e cumpridas. Além disso, a direção da EAC recebeu orientações de médicos da cidade e de outras regiões do país, acostumados a tratar com situações como essa.
A orientadora pedagógica da EAC explica ainda que o laudo do Instituto Adolfo Lutz não apontou nenhuma contaminação na água da escola. “A nossa água está em perfeitas condições de uso, tanto para a higiene das mãos quanto pra beber”, afirma. O resultado foi divulgado no final da tarde de segunda-feira, 26.
Mas as hipóteses de um vírus ter se espalhado e contaminado as crianças não foi descartada. A coordenadora afirma que o Córrego Chiquinho Quadros, que passa em frente à escola está abandonado, sem nenhuma ação da Prefeitura para melhoria e que mesmo descartada a contaminação pela água, as condições em que o córrego se encontra podem trazer males à saúde dos alunos e funcionários. Ela conta que sempre há gatos, cachorros e outros bichos mortos no local e que agentes infecciosos podem ter vindo do córrego e contaminado as crianças.
A Vigilância Epidemiológica de Capivari, por meio da Assessoria de Imprensa da Prefeitura, informa que, com apoio da equipe médica, orientou os pais a realizarem exame de fezes nas crianças que apresentaram os sintomas. Segundo nota da Assessoria, os pais optaram por laboratórios vinculados aos seus planos de saúde e até o momento os resultados não apontam contaminação ou infecção. Em contato com as famílias, a maioria dos pais relata que seus filhos já estão bem de saúde.
No entanto, a Vigilância Epidemiológica continuará monitorando os alunos da EAC pelos próximos 25 dias.
Enquanto isso, de acordo com a orientadora, a escola pesquisou possíveis agentes dessa epidemia e suspeita de um vírus novo denominado de “mono vírus”.
Matavelli diz que a escola não fará nenhuma mudança em suas instalações após o ocorrido, mas intensificou os trabalhos de aprendizagem dos alunos em relação às noções de higiene e limpeza a fim de conscientizá-los da necessidade de medidas profiláticas que evitem a proliferação de agentes infecciosos.
O pediatra Ermeson Guimarães de Oliveira explica ainda que as medidas preventivas são os cuidados normais de higiene, ou seja, lavar as mãos com frequência, lavar bem os alimentos antes de ingeri-los; no caso de verduras, mantê-las de molho na água com vinagre antes de servir, verificar sempre a data de vencimento dos alimentos industrializados e mantê-los sempre em condições de conservação adequadas.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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