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A filosofia – religião chamada Jainismo

Jainismo é uma filosofia religiosa surgida do desentendimento com o hinduísmo e a tradição dos seguidores do Vedas, por volta de 550 a.C. Há uma controvérsia sobre seu fundador, teria sido Parsva ou Mahavira? Alguns estudiosos creem que Mahavira foi um divulgador dos ensinos de Parsva.

O jainismo, também conhecido como Jain Dharma, tem como base a “Rejeição à Violência.” Devem praticar este princípio no pensamento, individual e também, socialmente. Neste princípio se baseou o famoso Gandhi Mahatma e seus soldados na guerra contra os britânicos.

Os jainistas são uma filosofia ateia, não têm deus, seguem o Princípio da não Violência. Platão foi influenciado pela crença do jainismo ao escrever “O Mito da Caverna”.

A filosofia jainista crê que os seres humanos passam por várias vidas. Vindo para este mundo, passa pelo rio (do esquecimento) e comete erros. Então tem uma segunda vida para pagar pelas quebras de seu princípio, e uma terceira e outras tantas vidas, se necessárias.

Os tirthankaras (construtores dos vaus) criaram a comunidade de monges e monjas, os leigos, que seguem o mesmo caminho dos jinas para vencer a esse ciclo de encarnações e reencarnações e ensinar aos outros como escapar desse roteiro. Foram seus ensinamentos, semelhantes ao do budismo, que influenciaram o filósofo Platão.

O jainismo se considera um dharma eterno (dharma é um conjunto de leis universais de justiça e governa o universo, a natureza e a vida). Quem vive em harmonia com o dharma escapa do ciclo mencionado, por isso, a palavra também significa libertação.

Contudo, são doutrinas contrárias à Palavra de Deus. A Bíblia nos mostra que os humanos morrem uma vez só, vindo depois disso o julgamento. (Hebreus 9:27) Os mortos, sequer reencarnam, mas quando Jesus voltar, serão ressuscitados, para receberem a paga pelo que fizeram: aqueles que aceitaram a morte de Cristo para pagar seus pecados, e fizeram o bem, para a vida eterna, e aos descrentes, e fizeram o mal, para a condenação. (João 5:28-29; 1 Tessalonicenses 4:16-17; Isaías 53:5-6)

Esses religiosos usavam a “svastika” como símbolo místico de paz. Sim, o símbolo suástico usado pelo nazismo já era usado desde o ano 3.000 a.C pelos povos da antiguidade, Celtas, Astecas, hindus e gregos, como amuleto de boa sorte, paz e prosperidade, era ainda sagrado por significativa parte da população asiática, quase 2,3 bilhões de budistas, jainistas e hinduístas, e, modernamente, pelos odinistas – IOSF. (Irmandade Odinista do Sagrado Fogo)

Os jainas, seguidores de seus mestres, chamados jinas ou tirthankaras, dividem-se em dois grupos: os digambaras, significando vestes de céu, e os Svetambaras, vestes brancas. Esses grupos se subdividem em muitos outros, porém o maior e mais poderoso são os Svetambaras (ou Shvetambaras).

Este grupo segue alguns ensinos do Vedas, porém, possuem suas próprias escrituras, o Kalpa Sutra. Os Sventambaras consideram o Kalpa Sutra santo e mais próximo da verdade, e mais próximo do alcorão. É uma narrativa da vida espiritual e ensinamentos de Mahavira, para instruções aos seus jainas. (discípulos de Mahavira, os vencedores) Os jinas ou tirthankaras são assim chamados porque venceram seus desejos de violência, vingança e paixões.

Agora, seus sentimentos lhes permitem fugir do ciclo de sequentes reencarnações e chegar a um conhecimento mais pleno através do samayka, que é um tempo de 48 minutos reservado para a meditação sem qualquer outra atividade, mental ou física. Nesses momentos chegam ao auge, são o seu paraíso, o estado da total bem-aventurança.

Para os jainistas o universo é eterno, não criado e os deuses que existem não se envolvem nos assuntos humanos. Os deuses podem deixar a divindade, encarnar-se e renascer como os mortais, assim como os avatares hindus (Avatar é uma encarnação de um deus em ser humano, homem ou mulher.) Os tirthankaras são venerados mentalmente ou com oferendas.

Esses religiosos dizem só se interessar pelas preocupações humanas. Celebram-se no final de março e início de abril o “Mahavir Jayanti “, uma reunião festiva de todos os jainistas.

Tudo o que é real se divide em duas naturezas: os jivas formados de energia, conhecimento absoluto, e felicidade; os não jivas, a parte material.

Bibliografia: O livro de ouro das religiões: a fé no Ocidente e Oriente, da Pré-História aos nossos dias, John Bowker. Rio de Janeiro- editora PocketOuro, 2010.

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