Leondenis Vendramim

A religião de Cristo

Como era a religião de Jesus Cristo? Assemelha-se à nossa? Aqueles que leem um pouco do Evangelho sabem perfeitamente que ela diferia diametralmente da exercida pelos mais ortodoxos de Sua época, com algumas exceções. Analisando friamente, acredito que ela difira, igualmente, da grande maioria dos cristãos hodiernos. Aliás, este adjetivo é quase sempre mal aplicado.

Cristão é aquele que é discípulo seguidor de Cristo, como modelo de vida e de Seus ensinos. Certa vez, o grande e jovem general e rei Alexandre, o Grande, chamou um dos seus soldados, e perguntou-lhe:

“Soldado qual é seu nome?” Orgulhosamente ele respondeu:
“Alexandre, meu rei”.
“Daqui para frente, ou você muda de nome ou muda o seu comportamento”. Se os cristãos forem coerentes e sinceros mudariam seu cognome ou de ideologia e comportamento.

A grande maioria, se quer, leu a Bíblia completamente uma única vez, ou admira a natureza tão bela, ou ainda reflete sobre o caráter e ensino de Jesus Cristo. Estes, a Bíblia, a natureza e Jesus, são as Fontes que ensinam Suas doutrinas e servem como padrão de vida cristã.

Samuel Harrell, ligado à ABS (Sociedade Bíblica Americana), apresentou dados de um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Barna Group ao longo de seis anos. O objetivo era saber como os cristãos lidam com a Bíblia, revelou que apenas 18% da população, com 18 anos ou mais lê a Bíblia diariamente.

Apenas 37% dos que afirmam serem cristãos praticantes têm contato com as Escrituras diariamente – fora dos horários de culto. Em 2011 53% dos entrevistados criam que a Bíblia ensina todo o necessário para viver uma vida religiosa plena, atualmente caiu para 45% e entre os que creem ser a Bíblia escrita por homens sem a inspiração do Espírito Santo aumentou de 10% para 22% nos últimos seis anos.

Entre cristãos católicos a falta da leitura bíblica é ainda maior. A afirmação de Cristo “E por se multiplicar a iniquidade o amor de quase todos esfriará” (Mat. 24:12), é muito assertiva.

Este é o primeiro diferencial entre Cristo e os cristãos, pois Jesus citava as Escrituras a todo o tempo, pois as conhecia muito bem e ordenou que Seus seguidores lessem a Palavra de Deus que são os ensinos de Cristo (João 5:39).

Em Mat. 5:22-24 o ensino de Jesus opõe-se ao religiosismo atual: quem insultar, ou se irar contra seu irmão, ou xingá-lo de tolo estará sujeito ao inferno. Tais instruções são discordantes da prática de muitos cristãos!

A oração Pai Nosso, conhecida por todos, contrasta a doutrina de Cristo e o viver da maioria cristã: “Perdoa-nos assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mat. 6:12)”. Como são comuns os refrãos “Perdoo, mas não esqueço”, ou: “Perdoo, mas quero distância dele”. Se o Senhor nos ceder conforme a oração, ficaríamos satisfeitos?

Quantas vezes cristãos se aborrecem e se enraivecem com a pessoa à qual tentaram ajudar e foram injuriados, ou sentiram ingratidão daqueles aos quais prestaram auxílio. O ensino de Cristo revela outra deformidade gritante com o cristianismo comum; Ele diz: “Mas a vós que Me ouvis (aos cristãos), digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam”. “Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aos que os amam” (Luc. 6:27-28 e 32).

José, um dos doze filhos de Jacó é exemplo clássico do verdadeiro cristianismo. Por vários motivos José, com 17 anos, causava ciúmes e aversão aos irmãos. Certa vez, viajou até Dotã à procura de seus irmãos e levar notícias deles para o pai.

Seus irmãos o prenderam numa cova e venderam-no para os ismaelitas como escravo. Moço inteligente, interpretou o sonho de Faraó e o orientou sobre a seca que viria.

Tornou-se o vice-rei do Egito e hábil negociante de trigo. Quando seus irmãos vieram ao Egito comprar trigo, José deu-lhes terras férteis e próprias ao pastoreio, sustentou-os, e aos seus familiares, com muita benignidade, procurando acalmá-los, pois sabiam que mereciam a morte.

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