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Atletas conquistam títulos paulistas e vagas para o brasileiro de Kickboxing

Adenilson Santos nasceu em Capivari, enquanto Esron Daragone é natural de Rafard. Eles conquistaram o título paulista de Kickboxing e também a vaga para disputar o Campeonato Brasileiro da modalidade, que acontece em junho deste ano.

Em entrevista exclusiva ao jornal O Semanário, eles contaram sobre a competição, que aconteceu em Mogi das Cruzes e um pouco sobre a trajetória e dificuldades que enfrentam como atletas.

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Professor Milsinho, atletas Esron e Adenilson e preparador físico Hélio Rodrigues, da Box Stronger (Foto: Divulgação)
Professor Milsinho, atletas Esron e Adenilson e preparador físico Hélio Rodrigues, da Box Stronger (Foto: Divulgação)

O campeonato

O Campeonato Paulista de Kickboxing, organizado pela Confederação Brasileira da modalidade (CBKB), aconteceu nos dias 2 e 3 de abril, no Ginásio Professor Hugo Ramos, no Mogilar, em Mogi das Cruzes.

A classificatória contou pontos para o Ranking Nacional da CBKB, que também dá acesso a competições internacionais. Foram mais de 20 cidades e 540 atletas participantes nesta competição.

Trajetória

Adenilson tem 30 anos, é faixa preta de Kickboxing e foi campeão na modalidade Ringue, além de 3º colocado na modalidade Tatame Kick Ligh.

Sua trajetória começou há muito tempo. “Eu comecei treinando muay thai, pratiquei 5 anos e meio aqui em Capivari e depois disso fui pra Piracicaba. Vai fazer 16 anos que estou envolvido com as artes marciais”, conta o atleta, que conquistou vaga para o Campeonato Brasileiro, que acontece entre os dias 16 e 19 de junho, em Vitória/ES.

Esron, que tem 22 anos, é faixa marrom em Kickboxing e conquistou o 1º lugar no Point Fight/Kick Light no Paulista, também relembra como tudo se iniciou. “Eu comecei com 14 anos em um projeto social na cidade de Rafard, treinei dois anos e meio lá, e depois fui para o muay thai em Capivari, onde fiquei por seis anos”.

 

Rotina

A rotina de um atleta não costuma ser das mais tranquilas. Desde a dieta regrada até os treinos diários, existe uma série de sacrifícios que precisam ser feitos em prol dos objetivos.

De acordo com Hélio Rodrigues, preparador físico de Adenilson e Esron, a disciplina é indispensável. “Se não tiver vontade de lutar, treinar com dor, machucado, sob pressão de resultados, você não vai ser atleta”, reforça o profissional.

Os atletas também reconhecem as dificuldades que a rotina impõe, inclusive financeiras. “A gente tem que abrir mão de muitas coisas para poder participar dos campeonatos. Às vezes quer comprar um tênis melhor, mas precisa guardar para viajar ou fazer a inscrição em uma competição’, conta Adenilson.

 

Falta de apoio

Ambos os atletas treinam e competem desde muito cedo, mas em todo esse tempo, eles revelam que não contam com o apoio dos governos municipais de suas cidades. “Há 16 anos eu luto, estou sempre entre os melhores do Brasil e levando o nome de outra cidade, porque a minha não me ajuda em nada”, lamenta Adenilson, que disputa as competições representando o município de Piracicaba.

Para Esron, que nasceu em Rafard, o cenário não é muito diferente. “Às vezes as pessoas veem a gente viajando para outras cidades, ficando três, quatro dias e pensam que nós temos dinheiro, mas não. Geralmente esse dinheiro é contado e conseguido com rifas e ajuda de familiares e amigos”, revela o atleta, que também é custeado por uma cidade de fora – Osasco.

Os dois atletas também são professores de Kickboxing, conciliando as aulas – forma que encontraram de ter uma renda – com os treinos e viagens.

Túlio Darros

Jornalista (MTB: 63932/SP), diretor proprietário do Jornal O Semanário Regional, e publicitário, sócio proprietário da Syna Publicidade

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