Campanha contra a Poliomielite e Multivacinação segue até 9 de setembro
“É muito importante todo mundo vacinar os filhos para que a gente possa manter nossas crianças livres de doenças que já foram erradicadas, mas que estão voltando a circular”.
O relato é da enfermeira Ana Caroline, que aproveitou o lançamento oficial da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022, que aconteceu no domingo (7), em São Paulo, para vacinar a família.
A mobilização nacional teve início na segunda-feira (8) e segue até o dia 9 de setembro em todo Brasil.
Os postos de vacinação estarão abertos para aplicar as doses das 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente.
Rafard está entre os municípios que seguem a campanha nacional. Na segunda-feira (8), a diretoria de Saúde iniciou a vacinação de crianças e adolescentes, com o objetivo de atualizar a situação vacinal de munícipes com até 15 anos.
A equipe de Saúde avalia as vacinas faltantes na carteirinha e realiza a imunização.
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a necessidade da obtenção de uma alta cobertura vacinal.
“Ninguém tem dúvidas da importância do Programa Nacional de Imunizações, com ele nós erradicamos a poliomielite.
O último caso foi em 1989. Nós temos que imunizar contra a poliomielite 15 milhões de crianças.
É urgente que consigamos recobrar nossas coberturas vacinais, no mundo todo as coberturas caíram no período pandêmico”.
Em paralelo, também acontece a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, com foco nas crianças menores de 5 anos de idade.
As crianças deverão ser vacinadas indiscriminadamente com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico.
A campanha segue até 9 de setembro em todo país. Em Rafard, basta comparecer ao ponto de vacinação, localizado no antigo espaço pediátrico (anexo à Unidade Básica de Saúde) com documentos pessoais, Cartão SUS e carteirinha de vacinação. O atendimento acontece de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 15h30.
O objetivo da campanha é alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95% para a vacina poliomielite na faixa etária de 1 a menores de 5 anos de idade, além de reduzir o número de não vacinados de crianças e adolescentes menores de 15 anos e melhorar as coberturas vacinais, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
As vacinas são: Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).
Estarão disponíveis para os adolescentes, as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada).
Todos os imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Covid
As campanhas de vacinação vão coincidir com a imunização contra a Covid-19 em andamento. As vacinas Covid-19 poderão ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo com as demais do Calendário Nacional, na população a partir de três anos de idade.
A atualização da situação vacinal aumenta a proteção contra as doenças imunopreveníveis, evitando a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos.
A mobilização nacional é uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúde e é realizada com sucesso desde 1980.
Polio
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus.
Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos.
O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias.
A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe – febre e dor de garganta – ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros.
As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.