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Estiagem ‘seca’ cachoeiras em São Pedro e cartão-postal de Piracicaba

Véu da Noiva perdeu volume com a baixa vazão do Rio Piracicaba (Foto: Ronaldo de Oliveira/EPTV)

Com a falta de chuvas, a vazão do Rio Piracicaba atingiu 57 m/s nesta terça. Em São Pedro, moradores e turistas enfrentam racionamentos diários de 4h.

Do G1 Piracicaba e Região

A estiagem prolongada praticamente secou um dos mais visitados cartões-postais de Piracicaba (SP). Com a falta de chuvas, a vazão do Rio Piracicaba atingiu 57 metros cúbicos por segundo nesta terça-feira (4), prejudicando o Véu da Noiva. A famosa queda d’água, localizada ao lado da passarela pênsil, se resume atualmente a um pequeno fio d’água, que em pouco se parece com a paisagem observada até dois meses atrás por moradores e visitantes.
Em São Pedro (SP), a seca também mudou a paisagem, principalmente das cachoeiras, que tanto atraem turistas durante os finais de semana. Patrícia Bertato do Prado, gerente de um hotel que fica perto da Cachoeira da Furna, relatou que a situação atual é preocupante. “A cachoeira está muito fraca, praticamente sem água. E nos rios, a água passa por baixa das pedras. Não dá nem para ver”, disse Patrícia.

Imagem de arquivo do Véu da Noiva mostra cenário anterior à estiagem (Foto: Reprodução/EPTV)

No dia 31 de agosto, a Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ decidiu aumentar a vazão de água liberada do Sistema Cantareira para as bacias PCJ (dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). Isso representa, na prática, mais 3.500 litros de água por segundo disponibilizados para a bacia do Rio Piracicaba.
“Mas não quer dizer que a população deve deixar de se preocupar. Os moradores precisam fazer sua parte e consumir água de maneira racional para evitar algum tipo de problema com desabastecimento”, disse Eduardo Leo, coordenador de informações das Bacias PCJ. Apesar da medida já estar em vigor, a água do Cantareira demora até dez dias para chegar à bacia.
Em Piracicaba, a baixa vazão do Rio Piracicaba não afeta diretamente o abastecimento, uma vez que 90% das 132 mil ligações de água da cidade recebem recursos hídricos captados do Rio Corumbataí, onde a situação ainda não é preocupante, de acordo com o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae).
Racionamentos diários
Já em São Pedro, além das cachoeiras, a estiagem prolongada piorou o abastecimento. Na estância turística, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saaesp) determinou racionamentos diários com duração de pelo menos quatro horas. A intenção é forçar a população a consumir menos água, já que o nível do reservatório que atende o município caiu pela metade.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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