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Moradores reclamam das queimadas da cana-de-açúcar no período de safra

22/07/2016

Moradores reclamam das queimadas da cana-de-açúcar no período de safra

Protocolo Agroambiental estipula fim da queima nos canaviais em 2017
Cisco acumulado nos quintais das casas é frequente após queimadas dos canaviais (Foto: Arquivo/O Semanário)
Cisco acumulado nos quintais das casas é frequente após queimadas dos canaviais (Foto: Arquivo/O Semanário)

RAFARD | Com o tempo seco neste período do ano, os efeitos das queimadas são percebidos com mais intensidade. É o caso das alergias, da má qualidade do ar, dos problemas respiratórios, irritação nos olhos e dos transtornos causados pelos ciscos e poeira que invadem as casas nos dias de queima da cana-de-açúcar.
No período de safra, os moradores de Rafard e região convivem com os efeitos das queimadas, uma prática ainda adotada no país, por produtores que utilizam o fogo para limpar as folhas secas e verdes da cana-de-açúcar.
Segundo a Raízen, ao qual pertence a Usina de Rafard, a colheita de cana adotada pela companhia é de 97% de operação mecanizada, que não utiliza o método de queimadas. “Os outros 3%, que ainda é feito com queimadas, deve ser eliminado até 2017, seguindo as diretrizes do Protocolo Agroambiental”, afirma a assessoria do grupo.
No entanto, esses 3% tem irritado os moradores da Cidade Coração, que esperam que no ano que vem, o cenário seja outro. “Em casa, os ciscos e a poeira invadem tudo. Ano que vem vamos torcer para não ter mais as queimadas de cana. É ruim para meus filhos, que tem alergia, e para o bolso, com o desperdício de água. Porque é impossível varrer os ciscos no quintal”, conta a moradora Tereza G. Cerqueira.
A empresa Raízen afirma que a companhia atua com atenção para minimizar os impactos causados por suas operações no município. “Uma das ações foi a instalação de barreiras físicas (telas) para evitar que o bagaço se espalhe pela cidade”, garante.

Mais queimadas
Além dos efeitos nocivos do fogo nos canaviais, outras queimadas vêm causando danos à saúde e ao meio ambiente. Um balanço da Concessionária Rodovias do Tietê mostra que o número de ocorrências com fogo às margens das rodovias tem aumentado.
Em comparação com o primeiro semestre de 2015, de todas as rodovias administradas pela empresa, apenas uma, a SP 101, tiveram dois registros de incêndio. No primeiro semestre de 2016, já foram registrados 93 focos de incêndio, um aumento absurdo no número de ocorrências nos 406 quilômetros de rodovias.
A Concessionária Rodovias do Tietê participa da Operação Corta Fogo, coordenada pela Artesp, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, com o objetivo de prevenir e combater as queimadas às margens das rodovias.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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