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O Semanário comemora 32 anos de fundação

Na próxima segunda-feira, 15 de maio, o jornal O Semanário completa 32 anos de fundação. Desde sua criação, em 1991, o periódico se consolidou como um dos principais veículos de comunicação da região, com uma cobertura jornalística diversificada e comprometida com a informação de qualidade.

“Chegar aos 32 anos é motivo de grande alegria e orgulho para nós, do jornal O Semanário. Ao longo dessas três décadas, acompanhamos de perto as transformações da cidade e da região, e tivemos a honra de sermos a voz da comunidade em muitos momentos importantes”, diz o atual diretor e proprietário, Túlio Darros.

O periódico foi fundado em 15 de maio de 1991, por José Carlos Darros e João Proença. E nesse período, outro nome de gabarito passou pelo comando do jornal, como o jornalista e escritor José Maria de Campos (falecido em janeiro de 2011).

No entanto, mudam-se os nomes, mas o objetivo principal continua o mesmo: o compromisso com o leitor. Trabalhando com base nos interesses sociais e fazendo valer o lema “Informação com credibilidade”, o periódico soube se adequar as necessidades impostas pelo mercado.

Atualmente, o jornal O Semanário é dirigido por Túlio Darros e sua esposa, Deise Campanholi, que há 12 anos trabalham juntos para manter viva a tradição do jornal impresso na Cidade Coração.

“Queremos aproveitar essa oportunidade para agradecer a todos os leitores, anunciantes e colaboradores que nos acompanham e apoiam ao longo desses 32 anos. O jornal O Semanário é de todos nós, e juntos podemos continuar construindo uma comunidade mais informada, participativa e democrática”, reafirma Darros.

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Túlio Darros e Deise Campanholi seguem na missão de manter um jornal impresso em Rafard (Foto: Antonella Campanholi)

Números

Durante mais de três décadas, o jornal O Semanário esteve presente na vida das pessoas, semanalmente, para ser mais exato, nesta sexta-feira (12), são 1.605 edições entregues.

Mais de 3 milhões de impressos foram distribuídos ao longo desse período, com reportagens estampadas em mais de 25 mil páginas do impresso.

Some-se a esses números o impacto d’O Semanário no meio digital. Segundo dados das ferramentas Google, desde 2005, o site do jornal já foi visitado por mais de 1,2 milhão de usuários, que acessaram mais de 3,6 milhões de páginas.

 

Revolução digital

Com a crescente popularidade dos meios de comunicação digital, os jornais impressos têm enfrentado desafios cada vez maiores para se manterem relevantes e sustentáveis financeiramente. O advento da internet e a proliferação de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, mudaram profundamente a forma como as pessoas consomem informações, criando novas demandas e expectativas em relação à mídia.

Embora muitos jornais tenham adotado estratégias para se adaptar a esse novo cenário, como investir em suas plataformas online e redes sociais, a receita com publicidade e assinaturas impressas tem diminuído significativamente. Muitos leitores têm optado por obter suas notícias através de sites de notícias gratuitos ou de redes sociais, o que tem levado a uma queda no número de leitores de jornais impressos.

Além disso, a pandemia de COVID-19 agravou ainda mais a situação, com muitas empresas reduzindo seus gastos com publicidade e muitos leitores evitando o manuseio de jornais impressos por motivos de higiene.

No entanto, Túlio Darros defende que os jornais impressos ainda têm um papel importante a desempenhar na sociedade, fornecendo uma cobertura mais aprofundada e confiável de notícias do que muitos sites de notícias online. “O jornalismo impresso é uma forma de arte e cultura que não deve ser perdida”, alerta.

Para tentar sobreviver, em meio ao aumento dos custos e redução de publicidade e assinantes, o jornal O Semanário tem contado com o apoio de colaboradores/colunistas, que enviam conteúdos semanais sobre diversos temas, além de conteúdos de outras empresas de mídia.

“Uma coisa é certa: o jornalismo de qualidade continuará a ser uma parte importante da nossa sociedade, independentemente da forma que ele assuma. Enquanto for possível, continuaremos fazendo o máximo, com o que temos no momento!”, desabafa o proprietário d’O Semanário.

“Quantas noites foram passadas em ‘branco’, sem dormir, somente para concluir a edição em tempo hábil para a distribuição”, recorda o fundador, José Carlos Darros
“Quantas noites foram passadas em ‘branco’, sem dormir, somente para concluir a edição em tempo hábil para a distribuição”, recorda o fundador, José Carlos Darros

História

Em 1991, um jovem idealista, José Carlos Darros, botou uma ideia na cabeça: fundar um jornal. O ambiente não era dos mais favoráveis em termos econômicos: uma cidade pequena. Logo, as dificuldades para administrá-lo seriam dobradas. “Manter um pequeno jornal no interior não é tarefa fácil. E, portanto, os anúncios, as assinaturas e a colaboração das empresas e poder público são fundamentais para que o veículo de comunicação seja sempre sólido”, diz ele.

José Carlos conta que a ideia de fundar O Semanário surgiu com a instalação da primeira empresa jornalística na cidade, através da iniciativa do sócio e amigo, João Eduardo Proença, em 1990. “No início, editávamos o Jornal de Capivari. Durante seis meses viabilizamos o lançamento do Jornal O Semanário de Rafard, que ocorreu no dia 15 de maio de 1991”, conta.

O fundador conta que muitos jornais impressos na década de 80 estavam investindo em novos equipamentos em sistema offset. Vários leilões aconteciam para liquidarem com as máquinas antigas. Foi aí que conseguiram comprar três máquinas da marca Linotipo e uma impressora mono manual/folha.

O processo de produção era artesanal. Para concluir a edição da semana, eram 12 horas trabalhadas por dia durante toda a semana.

“Tínhamos o setor de reportagens, que entregava a matéria escrita à mão ou em máquina de escrever. A digitação na Linotipo produzia linha em placas de chumbo que, após corrigidas linha à linha, passava para o processo de diagramação das páginas. A criatividade, a concentração e o cálculo matemático dos espaços eram todos preenchidos ou pelos textos, ou pelos clichês em madeira com os títulos em peças de tipo de chumbo. Na impressora, o operador soltava folha a folha para que encaixasse na pinça para a impressão margeada. Após dobradas e intercaladas as páginas na ordem, o jornal era distribuído casa por casa pelos entregadores que recebiam a ordem de avisar os assinantes quando o jornal era lançado nas garagens ou colocado nas caixas de correio. A cada edição era uma vitória comemorada por toda a equipe”, conta José Carlos Darros.

“Quem viver, verá!”, era o bordão de José Maria de Campos, que teve importante passagem na direção d’O Semanário
“Quem viver, verá!”, era o bordão de José Maria de Campos,
que teve importante passagem na direção d’O Semanário

Importância

O jornal impresso tem sido uma das formas mais tradicionais e antigas de comunicação de massa na história da humanidade. Desde a sua invenção no século XVII, o jornal tem desempenhado um papel fundamental na transmissão de informações e na formação de opinião pública.

Ao longo dos anos, os jornais impressos se tornaram fontes confiáveis de informação para as comunidades, cobrindo uma ampla gama de tópicos, incluindo política, economia, cultura, entretenimento, esportes e muito mais. Os jornais também têm sido fundamentais para a prestação de serviços essenciais, como informações sobre empregos, imóveis e negócios locais, além de fornecer uma cobertura aprofundada de assuntos relevantes para suas comunidades.

Além disso, o jornal impresso tem uma importância cultural e histórica significativa. Muitos jornais têm sido fundamentais para o registro de eventos importantes e momentos históricos, servindo como uma fonte de informação para pesquisadores, historiadores e estudantes. Os jornais também têm sido importantes veículos para a promoção de debates públicos e para o engajamento cívico, permitindo que as pessoas compartilhem suas opiniões e ideias com a comunidade.

Embora a chegada da era digital tenha criado novas formas de comunicação e acesso à informação, o jornal impresso ainda tem um lugar importante na sociedade atual. Muitas pessoas ainda preferem ler notícias em papel, valorizando a experiência tátil e a sensação de folhear um jornal. Além disso, os jornais impressos ainda têm um papel importante em comunidades rurais ou em regiões onde o acesso à internet é limitado.

Em resumo, o jornal impresso é uma forma valiosa e importante de comunicação de massa, que tem desempenhado um papel crucial na sociedade desde sua invenção. Apesar dos desafios enfrentados nos dias de hoje, os jornais continuam a ser uma fonte essencial de informação e engajamento cívico para muitas pessoas em todo o mundo.

 

Nota da Redação

O mérito da obra é de todos que por aqui passaram e deixaram sua contribuição. Mérito maior é de quem um dia, sem formação jornalísitca na época, enxergou a necessidade de perpetuar a história do seu município nas páginas de um veículo impresso e contribuir com a sociedade, levando informação e cobrando dias melhores para o seu povo.

Parabéns a todos!

Túlio Darros

Jornalista (MTB: 63932/SP), diretor proprietário do Jornal O Semanário Regional, e publicitário, sócio proprietário da Syna Publicidade

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