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Testes de HIV serão vendidos em farmácias

04/12/2015

Testes de HIV serão vendidos em farmácias

Previsão para que as drogarias comecem a vender os kits é já no primeiro semestre de 2016; pessoas poderão fazer o autoteste em casa
Autoteste detecta a presença do vírus a partir de uma amostra de fluido da gengiva ou da bochecha (Foto: Reprodução)
Autoteste detecta a presença do vírus a partir de uma amostra de
fluido da gengiva ou da bochecha (Foto: Reprodução)

NACIONAL – As farmácias devem passar a vender kits de diagnóstico de HIV a partir de 2016. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no mês passado a regulamentação, que atendeu a um pedido de apoio do Ministério da Saúde (MS) para criar parâmetros de segurança que permitissem o registro de autotestes no país. Com isso, o chamado teste rápido poderá ser feito pela própria pessoa, dentro de casa.

No entanto, as caixinhas dos produtos deverão informar sobre a possibilidade de erro no diagnóstico, que pode ser falso positivo ou falso negativo. As fabricantes também serão obrigadas a manter um serviço de atendimento ininterrupto ao consumidor por telefone. O objetivo, de acordo com a Anvisa, é orientar a pessoa em caso de necessidade. O teste rápido leva cerca de 20 minutos para ficar pronto.

O MS disse esperar que, com a ação, mais pessoas fiquem sabendo se são portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e iniciem o tratamento. O exame detecta a presença do vírus a partir de uma amostra de fluido da gengiva ou da bochecha. Um risco vermelho indicará que a pessoa não é portadora do HIV; dois riscos sinalizarão o resultado positivo, semelhante aos testes de gravidez.

Segundo o Ministério da Saúde, o nível de anticorpos na saliva é mais baixo do que no sangue, portanto, esse tipo de teste não detecta infecções logo após a exposição ao vírus. Ou seja: cerca de um a cada 12 testes podem dar resultado falso negativo. Por outro lado, como o diagnóstico leva ao uso de medicação que faz com que o HIV fique indetectável no sangue, a estratégia ajudará a reduzir a transmissão.

Dados do Boletim Epidemiológico de HIV divulgados na última segunda-feira, 30, revelam que, entre 2004 e 2013, foram diagnosticados 961 novos casos entre jovens brasileiros de 15 a 24 anos, o que representa um aumento de 27,83% em comparação aos nove anos anteriores. Em 2014, o país registrou, ao todo, 19,7 novos casos do vírus a cada 100 mil habitantes, queda de 5% em relação a 2013 (20,4).

Em coletiva na última terça-feira, 1º, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o MS divulgou dados recentes sobre a aids no Brasil. De acordo com a pasta, existem aproximadamente 781 mil pessoas vivendo com HIV no país, das quais 83% sabem disso. Entre elas, 405 mil pacientes estão em tratamento. Segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), no Brasil, uma pessoa é contaminada pelo vírus a cada 20 minutos.

O Ministério da Saúde informou que a previsão para que as farmácias comecem a vender os autotestes é já no primeiro semestre de 2016. A meta do Governo Federal é que, até 2020, 90% das pessoas com HIV sejam diagnosticadas. Entre os diagnosticados, o objetivo é que 90% esteja em tratamento nesse ano e que, desses, 90% tenha a carga viral zerada. De acordo com a pasta, é a chamada meta “90 – 90 – 90”.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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