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Último suspiro ou libertação para o renascimento?

26/02/2016

Último suspiro ou libertação para o renascimento?

EDITORIAL | Um mês após ser nomeado como interventor da Santa Casa de Misericórdia de Capivari, o padre Adalton Demarchi veio a público, durante a sessão ordinária da Câmara realizada na segunda-feira, 21, para prestar contas das situação em que o hospital foi entregue a nova diretoria e as ações já tomadas.
Infelizmente, os números mostram que nos últimos anos, apenas “trocaram-se as moscas…” Resumindo, as dívidas continuaram, e só aumentaram. A nosso ver e de boa parte da população, a Santa Casa continua sendo uma peça no jogo político e comercial das elites.
A associação tem como missão o tratamento integral e humanizado a enfermos, notadamente aos mais carentes, proporcionando ações de saúde a todas as pessoas, com excelência, sustentabilidade e misericórdia. É o que pelo menos ela tenta, porém, há muito tempo vive em dificuldades. Não é de estranhar. Depende da misericórdia alheia, como diz seu nome, e da atenção da sociedade, empresários e governantes.
A irmandade mantenedora chegou ao seu limite de possibilidades, até o ponto em que sofreu a intervenção judicial. Em tanto tempo de história, a Santa Casa acumula problemas, distorções e vícios. Suas dificuldades sofrem ciclos de crescimento e de queda. Está agonizando.
A Santa Casa se tornou o bode expiatório da saúde pública, e parece servir a outros propósitos que não apenas o bem-estar e a vida dos pobres. Incompetência de seus gestores? Como julgar? Entre falsas verdades, erros e omissões, fica difícil opinar. Não há dúvida que muitos erros foram cometidos e ainda persistem. Serve de indicador desses erros a mudança da direção, mais uma vez.
Emaranhada numa crise sem fim, estagnada na Tribuna Livre dos interesses partidários. Qual será o fim ou o recomeço de uma entidade afogada em dívidas, com sua estrutura física danificada e a moral abalada?
Entre tantas tribulações, vamos aguardar o desfecho dessa nova história, que pode ser construída e fadada de sucessos ou desastres. Aquilo que pedimos aos céus, na maioria das vezes se encontra em nossas mãos!
A população deve ter Fé, Esperança e Amor! E esperar dos gestores, ação, caráter e disposição. Orando, vamos torcer por um desfecho positivo dessa história, que parece não ter fim.
Amém!

Charge: Arquivo/O Semanário
Charge: Arquivo/O Semanário

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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