Opinião

A Astronomia e a Bíblia – 6

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Leondenis Vendramim

No último artigo faltou-nos espaço para contarmos da beleza de Vênus, da magnitude esplendorosa do Saturno com seu centenário anéis, o encanto luzente do interior do Órion e muito da maviosidade desse céu gasoso. Abordaremos hoje sobre a sinfonia do Universo.
Jesus criou as ondas (vibrações da energia) que conduzem o som, sem as quais nada ouviríamos. Nossos ouvidos são maravilhosamente construídos para captarmos diversos sons que são transmitidos ao cérebro, a fim de percebermos a harmonia musical ou os ruídos.

Quem de nós nunca pausou a azáfama da lida e se encantou com os alegres gorjeios dos pássaros, escutando (não ouvindo) um canarinho, um papa-capim, um sabiá…? Em Porto Alegre, uma cidade arborizada, acorda-se com o canto festivo de bandos de sabiás, tornando as pessoas mais bem humoradas para unir-se a eles num culto de louvor ao Criador.

Estudiosos da hidroacústica têm voltado a atenção para esse recital. Isaac Newton, em 1687 escreveu um tratado sobre o som aquático (hidrodroacústica). Com as guerras mundiais houve considerável avanço dessa ciência, inclusive com o lançamento do sonar (aparelho para detectar submarinos e sons de animais submarinos). Com o avanço da Bioacústica os cientistas passaram a investigar e nos dar mais assertivas sobre a produção e recepção de sons pelos animais marinhos e seus efeitos. Golfinhos e baleias vivem em grupos e cantam formando verdadeiros corais subaquáticos.

É impressionante saber que as estrelas, planetas e outros corpos produzem sons. Ondas de rádio eletromagnética (luz) são divididas em faixa de frequências e comprimentos diversos captados por receptores chamados radiotelescópios. Em 1955, os cientistas Bernard Burke e Kenneth Franklin, do Instituto Carnegie (EUA) descobriram ondas naturais vindas de Júpiter. Em 1963, foi inaugurado em Porto Rico um dos maiores radiotelescópio do mundo, conhecido como “The Big Ear”. Foi o primeiro radiotelescópio a escutar sinais extraterrestres. Cientistas soviéticos definiram como sons oriundos de uma supercivilização alienígena. No Laboratório Radioastronômico Mullard, Cambridge University, torres com 2048 antenas capazes de cobrir 16.000 Km², Jocelyn Bell captou pulsações. Os cientistas começaram a discutir se esses sinais e pulsares seriam provenientes de civilizações extraterrestres que desejavam se comunicar conosco. Porém ninguém foi capaz de traduzir para um código inteligível. Os cientistas descobriram que todos esses sinais eram pulsares em corpos celestes, nada a ver com alienígenas.

Em 1971 a NASA e a Stanford University gastaram tempo e dinheiro em busca de sinais de comunicação com os alienígenas. Em 1977 detectou-se pelo The Big Ear, um sinal muito forte. Depois de muito estudo, os cientistas descobriram que seria impossível captar uma comunicação inteligível com seres de outras galáxias, e que os sinais detectados eram na realidade interferências, sinais de aeronaves, satélites e até defeito do próprio radiotelescópio. O Senado americano cancelou os projetos da NASA (ver Os Mistérios do Órion, ps.92-95) por considerar um gasto inútil.

Em suma o que foi descoberto é que no aglomerado de Galáxias de Perseu há um buraco negro que emite ondas sonoras produzidas pela energia. “Os astrônomos acreditam que esse buraco negro tem ‘cantado’ pelos últimos 2 bilhões de anos… Na verdade, o Universo toca uma sinfonia… inaudível aos nossos ouvidos”. Os Mistérios do Órion, p. 96-97. As energias produzidas pelas estrelas emitem ondas magnéticas formadas pelos ventos, que se propagam, batem nos planetas e reverberam em ondas sonoras.

Seria maravilhoso ouvir esses bilhões de estrelas “cantando” pelo espaço! Um pastor evangélico conseguiu regravar os sons gravados por astrônomos e sincronizou com os sons emitidos pelas baleias, formando um hino maravilhoso que ouvi pela internet. O Salmista inspirado diz: “Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor desde os céus. Louvai-O nas alturas. Louvai-O todos os Seus anjos, louvai-O todos os Seus exércitos celestiais. Louvai-O, Sol e Lua, louvai-O todas as estrelas luzentes. Louvai-O, céus, e águas… Louvai ao Senhor… vós monstros marinhos, e todas as profundezas dos oceanos… ventos… aves… Louvai ao Senhor!”. Sl 148.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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