Opinião

As fofocas…

22/08/2014

As fofocas…

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Esse apelido dado à pessoas – fofoqueiras – habituadas a fazer comentários, muitas vezes desairosos, sobre outras ou acontecimentos, aumentando sempre o que viu ou mesmo deixado de ver, mas, viciadas que estão nessa prática, deliciam-se ao notar haver despertado curiosidade na ouvinte, o caso engenhosamente criado por sua mente.

Verdadeiras artistas, através de palavras, gesticulações, movimentos corporais, contrações fisionômicas, que dependendo do assunto, podem ser convertidas em riso para, em seguida, deixar rolar nas faces entristecidas, copiosas lágrimas pela recente perda sofrida com a morte de “grande amigo de infância, quase um irmão”, (personagem por ela criado), em consequência de desastre automobilístico provocado por motorista alcoolizado.

A ouvinte impressionada e embevecida pela perfeição das afirmativas, de quando em quando interferindo para indagar a idade, estado civil que no caso de casado o número dos órfãos deixados pelo “morto”, vale-se também da oportunidade para; envolvido que se encontra no drama, dar opinião sobre possíveis maneiras de ter evitado o desastre.

Após longo tempo de em via pública relatar a trágica ocorrência, provocando a parada de passantes seus conhecidos, curiosos por saber – como o principal ouvinte – o final da “novela” ali permanecendo e ocupando a calçada para com isso perturbar o trânsito, dando um ponto final ao relato, afirma o dia e hora do sepultamento em uma cidade qualquer em outro Estado, levando os presentes ao dar-lhe os pêsames se desculpando, justificarem o não comparecimento ao ato fúnebre…

O grupo se dissolve, cada um indo por um lado, a não ser duas ou três pessoas que lado a lado seguem, tecendo comentário sobre o acabado de ouvir, enquanto a que as ludibriou, com um sorriso se vangloria do sucesso obtido na dramatização por ela engendrada, preparando-se para uma próxima e costumeira apresentação.

Há alguns anos tivemos contato com uma pessoa desse quilate que; “soltando boatos pelas ruas”, ao ser inquirido quanto as suas origens, se esquivava dizendo apenas: “disseram por aí”.

Neste momento, em rápida pausa no digitar, observo na rua, em frente à janela deste escritório, animadamente, três senhoras fofoqueiras certamente apresentando as novidades que acabaram de saber através de outras do mesmo naipe, aumentado sempre o conteúdo da fofoca. Essas ao menos estão assumindo o vício havendo, no entanto as que ficam por traz da cortina ou fresta da janela para bisbilhotar quem passa… Mesmo não tendo nada a ver com a vida alheia.

Coisa de lugar pequeno onde as fofocas servem como distração para algumas desocupadas “donas de casa”, que observam para comentar na rua com suas iguais, a vida alheia, sabendo a hora que as pessoas saem de casa, como se vestem, penteiam-se, o tipo e cor dos sapatos que usam, aonde vão e a hora que voltam…

Essas fofoqueiras, sabendo mais da vida do próximo que da própria, certamente como herança do simpático e sorridente antigo fofoqueiro, prosseguem afirmando que “disseram por aí”.

Cidadania

Insistimos quanto a designação de uma pessoa autorizada para fiscalizar e impedir que certos imbecis motoristas, continuem desrespeitando as placas proibitivas descendo desabaladamente da Rua Conselheiro Gavião Peixoto até a Maurício Allain, pondo em risco a segurança, não apenas de outros motoristas como de pedestres e os possíveis desastres, alguns com danos fatais.

Reconhecemos que atualmente, não havendo disciplina consciente e falta de quem as faça cumprir, pouquíssimas Leis e Regulamentos são cumpridos, estamos apelando para o bom senso de responsabilidade dos moradores deste município, praticando a cidadania, não transgridam e auxiliando a Secretaria responsável do setor, também advirtam os transgressores, fazendo-se merecedores pelo atendimento da gratidão de todos nós.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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