CapivariDestaques

Capivari divulga recomendações sobre a ‘Varíola dos Macacos’

Nos últimos meses, em diversas regiões do Brasil, os casos da “Varíola Símia”, ou como é popularmente conhecida, “Varíola dos Macacos”, vem aumentando gradativamente. Embora ainda não hajam casos da doença em Capivari, a Secretaria de Saúde divulgou informações sobre a doença para que a população tome os devidos cuidados.

Apesar do apelido que recebeu, a transmissão da doença não é feita do animal macaco para seres humanos e sim entre as próprias pessoas, através do contato íntimo, como relações sexuais, abraços e beijos com uma pessoa infectada com lesões na pele. A transmissão também pode acontecer pelo contato com objetos, peças de roupas ou superfícies contaminadas.

Os principais sintomas dessa doença são o aparecimento de lesões na pele semelhantes a espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca, mãos, pés, peito e também na área genital.

A pessoa contaminada pode sentir febre, dor de cabeça, cansaço excessivo, dores musculares, calafrios e caroços, que muitas vezes aparecem no pescoço, virilha ou axila.

O principal método de prevenção para a “Varíola dos Macacos” é evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões desse tipo na pele, usar máscara em público para se prevenir de gotículas de saliva, não praticar atividades sexuais ou qualquer tipo de contato com pessoas contaminadas pela doença, higienizar as mãos com frequência e não compartilhar objetos como roupas, talheres, copos e objetos pessoais.

Para a pessoa contaminada, o tratamento consiste em isolamento, preferencialmente domiciliar, até que o paciente esteja recuperado.

Região

A Prefeitura de Piracicaba confirmou na segunda-feira (8) mais quatro casos de Mokeypox, conhecida como varíola dos macacos, na cidade. Entre os pacientes, está um bebê de um ano.

Os demais casos são de homens de 23, 29 e 35 anos, todos sem histórico de viagem ao exterior, segundo a Secretaria de Saúde. Todos os pacientes e os responsáveis pela criança foram notificados e seguem em isolamento domiciliar, sob acompanhamento da Vigilância Epidemiológica.

Santa Bárbara d’Oeste também tem uma confirmação, que foi informada pelo estado no dia 15 de julho. A Secretaria de Saúde informou que se trata de um homem de 30 anos, sem histórico de viagem ao exterior.
Até a última sexta-feira (5), o estado de São Paulo contabilizava um total de 1.404 casos confirmados da Monkeypox.

Saiba mais

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome Monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Sintomas

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.

Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

Vacinas

A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

A agência trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.

A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?