Rubinho de Souza

Do Fundo do Baú Rafard

10/03/2017

Do Fundo do Baú Rafard

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Colaboração: Rubinho de Souza – [email protected]

RECORDAR, É PRECISO! Hoje os comentários poderiam ser dispensados para os mais antigos, mas como temos leitores que não conheceram o famoso Bar São Jorge ou bar do “Bastião Fabricio”… Lá você poderia degustar os melhores sorvetes de palito e de massa, e ainda contava com a simpatia da família Fabrício, os atendentes Bastião, Nelson e Zé, que sempre traziam um sorriso no rosto e um tratamento carinhoso. Localizado em ponto estratégico, ou seja, na Praça da Bandeira, o bar era ponto de encontro tanto de jovens como de senhores, que aproveitavam para se divertir e bater papo.

Não havia nesse tempo muitas opções de lazer, e nem mesmo a facilidade de transporte como temos hoje, tanto é verdade, que se alguém tivesse ido no dia anterior, ou pretendia ir no dia seguinte à cidade de Campinas, por exemplo, reportava aos amigos, porque não era comum e nem era tão fácil como hoje. Para ir até mesmo à Capivari, não era comum como é hoje, pois as estradas eram de terra, e sem iluminação pública, e muitos iam a pé, e muitas das vezes, até com chuva.
Se algum morador da cidade, tinha planos de ir à São Paulo, a cidade toda ficava sabendo do fato, e a notícia corria, e quem não conhecia a Capital ficava sonhando como seria, pois as estórias que chegavam aos nossos ouvidos, eram de uma cidade grandiosa, cujo tamanho, diziam não ter fim.
Vem-me à lembrança um fato que se passou quando eu era menino, e o meu irmão Elias a pedido da família Pompeu, se prontificou a ir cortar o cabelo de um irmão de Dilnei, que se encontrava internado em São Paulo. O pai do moço, lembro-me bem, levou um mês programando o dia da viagem, que foi feita, salvo engano, de trem. Não víamos a hora de meu irmão chegar, e quando ele chegou, a nossa família, os vizinhos, todos o rodearam curiosos, querendo saber como era a cidade de São Paulo.
Mas, não se engane o incauto leitor, pois se os tempos eram bicudos, e passamos grandes dificuldades, em contrapartida, foi uma época de muita união das famílias, e de extrema felicidade!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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