Há um fato que você não pode negar: A cidade e as comunidades católicas de Rafard estão em missões. É acontecimento raro. Realidade que acontece de quando em quando. Talvez durante toda a vida, a gente participe uma única vez. Privilégio quem participa mais de uma vez. Coisa rara. Quando Jesus começou o anúncio do evangelho na Palestina, somente 12 o acompanharam. Depois, com o tempo e o conhecimento da mensagem, foram atrás dele, multidões.
Talvez nós fiquemos como que meio anestesiados pela correria da cidade grande e da vida moderna. É preciso se preocupar com as grandes coisas, pensar em grandes negócios, grandes aventuras em vez de pensar em missão, Igreja, comunidade. Isso é lá para quem não tem o que fazer. É uma bobagem perder tempo com orações, evangelho, Jesus. Não dá lucro. Não traz status. Não rende nem no bolso nem na cabeça. Melhor é deixar para lá.
Por que perder tempo com Deus, se a vida acontece aqui na terra? Para que olhar para o céu se o que dá prazer e ventura está cá embaixo na terra? Assim pensam os autossuficientes do mundo. A missão é tempo da graça de Deus. Desse Deus revelado por Jesus Cristo. Não um “Deus” que fiz à minha moda, mas à moda de Jesus Cristo. Na verdade as missões nos revelam as “inesgotáveis riquezas de Cristo” (Ef 3,8). Riqueza que é paz e plenitude de sentido para a nossa vida. Ninguém basta a si mesmo. Nem os bens materiais satisfazem a qualquer pessoa.
É a hora da graça que paira sobre cada habitante dessa cidade. É preciso amar o lugar onde moramos. As pessoas que habitam a mesma cidade que eu habito. É preciso se inteirar daquilo que está acontecendo no meio de nós. Portanto, não cabe a nenhuma pessoa ficar alheia aquilo que está acontecendo ao nosso redor. É a hora de Deus. Do Deus que se faz companheiro, parceiro ao lado do homem e da mulher. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Meu caro irmão, minha cara irmã, seja um a mais e não menos um, a somar a vida e as coisas de Deus.
