Opinião

Missões – Ser Missionário Hoje

Pe. Inácio Medeiros - Missionário Redentorista

Em tempos idos a vida missionária era compreendida de forma diferente e era marcada por certa estabilidade. O missionário era aquele que deixava sua terra e partia heroicamente para outras terras, outras gentes, outras culturas e lá permanecia senão a vida inteira, pelo menos grande parte dela. Porém, as condições a serem enfrentadas exigiam sempre grande mobilidade.
O apóstolo São Paulo nos mostra isso claramente na sua atividade missionária. Ele procurou sempre apresentar a mensagem do evangelho correspondendo à cultura daqueles que eram romanos, gregos ou judeus. Ele não se deixava acomodar.
O mundo, porém, não para. As mudanças culturais de hoje exigem grande capacidade de adaptação. O missionário deve iluminar a sociedade com os valores escondidos que não são vistos facilmente sem os olhos da fé. Ser missionário hoje é fazer ressaltar esses valores do evangelho. Por isso, ser missionário hoje leva a pessoa a ajudar na dinamização de uma paróquia ou o ambiente em que se vive. Isso deve fazer todo o corpo funcionar. Um corpo com saúde é muito bom, riqueza incalculável. Daí, os serviços a serem prestados não são sempre os mesmos em todos os lugares. A cultura nova que surge em nossa sociedade exige mudança de método e de ação.
A Igreja local tem os seus planos e desejos, vontade e esperança. Então o missionário busca responder a tudo isso. Porém, isso exige do missionário grande capacidade de adaptação e renovação. Mas ao mesmo tempo deve estar firme e seguro acerca daquilo que é essencial para o homem de hoje. O evangelho se adapta às necessidades de hoje, mas o seu teor, sua mensagem de salvação não muda. Somente precisamos buscar na fonte que está sempre matando a sede. Só precisamos descobrir qual é a sede do mundo e do homem de hoje.
O missionário, além de estar firme e seguro acerca do essencial, precisa ter sua fé fundamentada só em Deus, contemplando o mundo e os acontecimentos que nos cercam. Isso vale tanto para os sacerdotes, religiosos como para os leigos. Precisamos ter esta inquietude de sempre buscar o que é melhor para a evangelização hoje. Inquietação que incomoda, mexe, provoca. Não fique contente só com o que você faz. Pergunte sempre o que você pode fazer a mais.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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