Opinião

Mudanças na Geopolítica

10/07/2015

Mudanças na Geopolítica

Segurança cidadã nas Américas IV
Artigo | Por J.R. Guedes de Oliveira
José Roberto Guedes de Oliveira é escritor e historiador, de Capivari (Foto: Arquivo/O Semanário)
José Roberto Guedes de Oliveira é escritor e historiador, de Capivari (Foto: Arquivo/O Semanário)

No passado, tínhamos o receio de que a implantação de um sistema socialista político no Brasil, pudesse eclodir numa violência sem paradeiro. As bases então materializadas pela antiga União Soviética, caíram por terra, com a Perestróica de Gorbachov. Depois, a queda do Muro de Berlim e, finalmente, a política da República Popular da China, com a sua economia de um lado socialista e, de outro,  capitalista: uma verdadeira miscelânia, onde se concentram os maiores bilionários da Terra.

No passado, até havia certo receio do alinhamento dos países das Américas Central e do Sul, com respeito ao chamado socialismo científico empregado na então União Soviética. Havia até um certo receio dessa inclinação e que, pela nossa formação democrática, não lograria êxito, como de fato não logrou.

Figuras da esquerda de então, tentaram adaptar o sistema socialista aos sistemas dos países das Américas e romperam-se em divagações, até porque tanto a Rússia como a China optaram por regimes econômicos tão equidistantes, numa mistura de socialismo e capitalismo que, até aos nossos dias, rendem-lhes certas interrogações.

Os tempos, hoje, são outros. Contudo, trilhamos para a nossa própria formação política e econômica, numa América contraditória, mas de formação equidistantes de concepções beligerantes ou mesmo de ódio racial.
Mas, por uma questão de princípio geral das Américas, há que evidenciarmos estes problemas de segurança, como um todo, não excluindo, é claro, nenhum país que faz parte da OEA. Isto significa dizer que é preciso redobrar a preocupação desta própria segurança e permanecer sempre em estado de alerta.

A segurança dos Estados do Hemisfério é afetada de forma diferente por ameaças tradicionais e pelas seguintes novas ameaças, preocupações e outros desafios de natureza diversa.

Segundo as diretrizes emanadas da OEA, pela Convenção de 2003, temos que destacar alguns destes problemas, a saber. De lá para cá, iniciou-se uma série de consultas, atividades e estudos, visando uma maior segurança aos países que compõem as Américas. É claro que esta segurança significaria uma defesa de qualquer agressão externa ou mesmo interna, por força de elementos ou grupos organizados de:
– o terrorismo, o crime organizado transnacional, o problema mundial das drogas, a corrupção, a lavagem de ativos, o tráfico ilícito de armas e as conexões entre eles;
– a pobreza extrema e a exclusão social de amplos setores da população que também afetam a estabilidade e a democracia. A pobreza extrema solapa a coesão social e vulnera a segurança dos Estados;
– os desastres naturais e os de origem humana, o HIV/AIDS e outras doenças, outros riscos à saúde e a deterioração do meio ambiente;
– o tráfico de seres humanos;
– os ataques à segurança cibernética;
– a possibilidade de que surja um dano em caso de acidente ou incidente durante o transporte marítimo de materiais potencialmente perigosos, incluindo o petróleo, material radiativo e resíduos tóxicos;
– a possibilidade do acesso, posse e uso de armas de destruição em massa e seus sistemas vetores por terroristas.

Por força de acontecimentos recentemente ocorridos, com o desfecho da morte de Osama Bin Laden, a deposição  e morte de Saddam Hussein e de Muamar Kaddafi,  mais do que nunca há necessidade de redobrar a segurança dos países que compõem as Américas:  do Norte, Centro e do Sul.

Vemos, com enorme apreensão, que o terrorismo, quase que institucionalizado, por conta de organizações extremistas, não aceitam e não desejam as vias políticas em mesas de negociações, congressos e debates. É este o maior problema, mais do que de fundo religioso.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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