Editorial

Na dor, mas por amor

“O prazer está em se entregar totalmente, de maneira que você e o seu trabalho sejam uma coisa única. O prazer de ser bom no que faz é a maior recompensa que um campeão pode receber”, escreveu o psiquiatra Roberto Shinyashiki.
Uma reflexão importante, mas insuficiente para sobreviver no mundo capitalista de hoje, onde status não paga as contas e ser bom, não tem tanto valor quanto antes, pois a recompensa necessita ser em ‘espécie’.
Ainda assim, encontramos pessoas engajadas neste estilo de vida, ou pelo menos tentando ser bom, para oferecer o melhor ao próximo. Grande pena, muitas vezes esse prazer é podado ao meio.
Para sobreviver em cidades interioranas, é preciso matar um leão, um tigre e um jacaré a cada dia, sem falar é claro, que enquanto uns remam rumo ao progresso, tantos outros remam contra. Resultado: futuro empacado, isso se não houver regressão.
Hipocrisia falar em povo unido, ordeiro, quando a felicidade do Ser Humano em questão é ver o seu próximo na lama, jogado as traças. Inveja, incapacidade, desprazer, malcriação, sem-vergonhice e tantos outros adjetivos negativos, que revelam a face obscura de quem gargalha ao ver o tombo dos outros.
É preciso tomar consciência, porém, que o trabalho não significa desperdiçar dois terços da vida em troca de dinheiro no fim do mês. Trabalho é muito mais do que desperdiçar o dia inteirinho para garantir a noite, desperdiçar toda a juventude para garantir a velhice. Trabalho é, na verdade, o desabrochar da alma. Ele pode ser a almejada fonte da eterna juventude. O trabalho propicia alegria, chances de aprendizado, desafios. Mas que tudo seria mais fácil se o ‘irmãozinho’ do lado almejasse o seu sucesso, ninguém pode negar.
Tantas pessoas e empresas capazes, e até melhores em mostrar o seu trabalho, contribuir para o sucesso da missão em questão. Pena que ‘santo de casa não faz milagre’, e as raízes são deixadas de lado, para favorecer quem não almeja compromisso algum com a comunidade em questão. Pior, trazem nas costas o fedor da corrupção, prometendo benesses aos ‘porvinhas’, atraídas.
Cada um de nós deve sentir muito prazer no trabalho. No entanto, a maioria das pessoas ainda trabalha única e exclusivamente para sobreviver. Se seu trabalho é fonte de angústias, pare e reflita sobre os seguintes pontos: será que estou no lugar certo? Será que estou no emprego que corresponde ao meu talento? Será que tenho competência para fazer o que estou fazendo? São questões básicas. Se não está feliz, mude de profissão, de emprego, ou aprenda mais para conseguir um lugar melhor. Ou talvez, você só esteja no lugar errado, na comunidade errada, então, mude de cidade, de ambiente, respire novos ares, apresente o seu talento para pessoas que não o conhecem, com certeza se você for bom, elas o reconhecerão pela sua capacidade, e não por quem você é, pelo seu sobrenome, ou para pagar dívidas políticas.
Apesar dos problemas que sempre vão aparecer, o trabalho precisa ser um caminho para a felicidade e para a realização, e não um sacrifício. É hora de as pessoas assumirem que têm prazer no trabalho. O prazer está em se entregar totalmente, de maneira que você e o seu trabalho sejam uma coisa única. O prazer de ser bom no que faz é a maior recompensa que um verdadeiro campeão pode receber. Portanto, não se desvie de seu caminho apenas para receber alguns aplausos. Se nos doarmos por inteiro, teremos resultados por inteiro.
Viva com tanta intensidade que o dinheiro não fará diferença em sua vida.
Refletindo por esse lado, a luta continua, com dor, mas pelo amor!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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