Região

Pastor é denunciado à polícia suspeito de aplicar golpes na região em venda de viagens

Com divulgação de reportagem, novos casos devem aparecer na região (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Com divulgação de reportagem, novos casos devem aparecer na região (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

Um pastor foi denunciado à polícia suspeito de aplicar golpe em ao menos 14 moradores de Capivari, entre eles pessoas que frequentavam cultos realizados por ele. Segundo entrevista ao jornal da EPTV nesta semana, eles relatam que pagaram até R$ 1.500 por passagens para uma viagem à Porto Seguro (BA), que seria realizada no último dia 10, mas que ela não foi realizada e não houve reembolso. A Polícia Civil apontou que vem registrando denúncias desde janeiro.

A funcionária pública Mari Cerezer contou que pagou R$ 1.500 por uma viagem para Porto Seguro (BA) para ela e o marido e parcelou o valor em dez vezes. “Desde novembro pagando. Comprei roupa pra mim e pro meu marido. Era para ser uma viagem inesquecível. Uma segunda lua de mel”, lamentou.

O professor de Rafard, José Aparecido dos Santos, disse que pagou à vista R$ 750. “Nem contrato eu tenho. Tenho comprovante de que foi feito o depósito”, afirmou.

“Na véspera da viagem ele simplesmente me enviou um comunicado pelo WhatsApp falando que a viagem tinha sido cancelada, houve um imprevisto e que o setor jurídico ia entrar em contato, onde nós tínhamos a opção de reembolso ou adiamento da viagem”, afirmou a funcionária pública Patrícia de Campos.

De acordo com a reportagem da EPTV, o denunciado fazia cultos em algumas casas da cidade. “Eu fui várias vezes nos cultos lá e nós ficamos sabendo que ele tinha uma agência de turismo”, contou Patrícia.

“Todo alinhado, os filhos também, a esposa. Eles davam uma impressão de credibilidade bem grande”, revelou Mari.

O pastor foi identificado como Paulo. O nome da mulher dele, Cíntia Vidal, aparece no contrato. No site do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o nome da agência de turismo Siga Me é citado em 33 processos. A sede da agência fica na cidade de Tietê (SP). A equipe da EPTV, afiliada da Rede Globo, foi até a cidade e encontrou o imóvel fechado e ninguém atendeu. As ligações também não foram atendidas.

Os moradores disseram que em uma das últimas vezes que conseguiram falar na agência, receberam uma proposta de rescisão de contrato e que o termo dizia que quem assinasse não podia entrar na Justiça pedindo outros ressarcimentos. “Disseram que em dentro de 30 dias eles me reembolsavam […] Aí minha advogada achou melhor eu não assinar esse contrato”, afirmou Patrícia.

O grupo registrou um Boletim de Ocorrência e pretende fazer uma denúncia ao Ministério Público. Para Mari, seria uma viagem especial: “Meu sonho era andar de avião. Nunca andei. Nunca viajei. Mas infelizmente eu estou aqui, na minha cidade, passando as férias aqui, com chuva”.

Novos casos

Um casal de jovens de 23 e 24 anos de Piracicaba teme que possam ser novas vítimas da agência de viagens investigada pela Polícia Civil por suspeita de aplicar golpes nos clientes. Os dois pagaram R$ 5,5 mil por uma viagem de lua de mel da empresa. “Guardei por tanto tempo”, disse a noiva.

Larissa Ventura e Rafael Messiano procuraram a agência após indicação de amigos que tinham ido viajar na lua de mel. “Cheguei a cotar com outras agências, mas acreditei neles e fechei porque vi que dois amigos meus foram”, contou Larissa.

Ela também disse que os dois ficaram receosos e chegaram a ir até Tietê , onde fica a sede da empresa, para conhecer. “A gente viu que tinha placa, CNPJ, funcionários uniformizados, então parecia sério”, disse. Mesmo assim, eles não fecharam quando foram até o local e continuaram negociando com a esposa do pastor por um aplicativo de mensagens.

Depois de negociarem, fecharam o contrato e a mulher foi até a casa dos dois em Piracicaba para assinarem o contrato. Foi feito o depósito do valor da viagem, que seria para Maceió (AL), de R$ 5,5 mil, à vista. O documento foi assinado no dia 24 de abril e a lua de mel foi programada para novembro.

Os noivos contaram que, quando ficaram sabendo sobre a situação, resolveram tentar falar com a mulher que negociou novamente, mas ela não atendia as ligações e bloqueou os dois no aplicativo de mensagens.

“Não sei o que vou fazer. Se ela não devolver o dinheiro vou atrás dos meus direitos, procurar advogado”, disse a noiva.

Com informações do G1 Piracicaba e EPTV.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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