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Prefeitura de Rafard realiza evento solene em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil

Devido à chuva, comemoração do Bicentenário da Independência é transferida para o centro cultural

A chuva que caiu sobre a cidade de Rafard durante a manhã do feriado de quarta-feira (7), foi bem-vinda, mas mudou a programação das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, organizada pela Prefeitura de Rafard.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Rafard

O evento, que tradicionalmente acontece no paço municipal, com a cerimônia de hasteamento das bandeiras e apresentações dos alunos das escolas municipais, foi transferido para o centro cultural Júlio Henrique Raffard.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Rafard

A abertura contou com o canto do Hino Nacional e do Hino de Rafard. A banda municipal Tenente Denizart Fonseca apresentou as músicas ‘Asa Branca’ e ‘Mi casa su casa’. Na sequência, alunos das escolas municipais Enzo Henrique Vieira, Benedita Almeida Vendramim, Josefina Chiarini Borguesi, Luis Grellet e do grupo Dançart, também realizaram apresentações alusivas a data.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Rafard

“O 7 de setembro é uma das datas comemorativas mais importantes do Brasil, justamente por abrigar um dos principais acontecimentos da nossa história: a nossa Independência.

Hoje reunimos mais uma vez para falarmos da importância do civismo e amor à Pátria.

Agradeço a todos os alunos, profissionais da Educação, familiares, vereadores e a todos os presentes.

A nossa comemoração estava linda!”, discursou o prefeito Fabio Santos, ao lado do seu vice, Wagner Bragalda.

Bicentenário

Há 200 anos, em setembro de 1822, foi proclamada a Independência do Brasil, até então Colônia de Portugal.

Comemorada em 7 de setembro, a independência do Brasil recorda um grito dado às margens do rio Ipiranga, proclamado por Dom Pedro I.

Mas, para podermos entender, de fato, a importância da data para o povo brasileiro, precisamos voltar um pouquinho na história, para o ano de 1500, e mostrar alguns episódios marcantes que levaram à separação do Brasil de Portugal.

Os livros de história nos relata que em 1500, a esquadra portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral, composta por 13 embarcações e cerca de 1.200 homens, deixou Lisboa em missão comercial em direção a Índia.

Porém, após 40 dias, devido a um desvio na rota por causa de uma tempestade, aportaram pela primeira vez naquela que ficou conhecida como Terra de Santa Cruz, em 22 de abril de 1500. Atualmente, denominada região de Porto Seguro, no Sul da Bahia.

O encontro entre índios e portugueses foi amigável e de mútuo interesse por ambas as partes. É tanto que, até hoje, a receptividade, a boa acolhida e a alegria são marcas herdadas e presentes no comportamento de todo o povo brasileiro.

De 1500 até 1822, quando o Brasil se tornou independente, ocorreram muitos episódios:

– Em 1532: fundação de São Vicente, a primeira vila do Brasil.

– Em 1534: divisão do território do Brasil em 14 capitanias hereditárias. Essas divisões foram fundamentais para o povoamento e o desenvolvimento do Brasil.

– Em 1549: chegada dos Jesuítas. Eles foram os primeiros educadores da nossa nação. No mesmo ano, a cidade de Salvador foi fundada. A partir de então, a cidade se estabeleceu como capital do Brasil.

– Em 1554: fundação da cidade de São Paulo.

– Em 1565: fundação da cidade do Rio de Janeiro. Com aproximadamente 30 mil habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornou-se a cidade mais populosa do Brasil, passando a ter papel essencial no domínio colonial. Futuramente, a cidade seria a capital do Brasil por quase 2 séculos.

– Em 1750: assinatura do Tratado de Madrid. Esse, por sua vez, substituiu o Tratado de Tordesilhas e definiu os limites das colônias sul-americanas.

– Em 1763: transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro. A mudança teve um papel importante no desenvolvimento político e cultural de nosso país.

– Em 1808: mudança da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, propiciando o desenvolvimento de diversos setores do nosso país, que saiu da condição de colônia.

– Em 1815: elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarve. Esse episódio impactou a política nacional e o sentimento do brasileiro, que se viu pela primeira vez em posição de igualdade à metrópole. Com isso, o caminho para a independência do Brasil em 1822 estava aberto.

– Em 1822: aconteceu o Dia do Fico. Em 9 de janeiro, o então príncipe regente Dom Pedro I anunciou que não voltaria para Lisboa, como as Cortes portuguesas exigiam, e permaneceria no Brasil.

O episódio, que foi um marco no processo de independência brasileira, ficou conhecido como o Dia do Fico.

No mesmo ano, após desobedecer às ordens da classe política portuguesa, em 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, Dom Pedro I deu o brado da independência, desvinculando o Brasil de Portugal e dando início a nossa soberania.

“Amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguem-nos. De hoje em diante nossas relações estão quebradas.

Nenhum laço nos une mais. Laço fora, soldados. Viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil!

Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será Independência ou Morte”, esse foi o discurso feito por Dom Pedro I, às margens do Ipiranga.

Vale ressaltar ainda que a Independência do Brasil estava sendo discutida desde a reunião da Assembleia Constituinte, em 3 de junho, ou desde os manifestos de José Bonifácio, em 6 de agosto, assinados pela princesa Maria Leopoldina, em 2 de setembro.

É interessante ressaltar também que o grito de Dom Pedro I só foi noticiado duas semanas após o acontecido.

Aqueles que se dizem testemunhas do fato, fizeram o relato apenas por escrito, anos depois. Ainda assim, o 7 de Setembro marcou e marca até hoje o fim do laço de colonização que existia com Portugal.

Foi o início de um novo período cultural, sociológico, histórico e econômico para o Brasil, que passou a ser uma nação autônoma.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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