Opinião

Recordando Villa Raffard III

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Por estarmos em pleno carnaval, abrimos espaço para rápido comentário sobre essa festa popular que nos áureos tempos deixou indeléveis marcas nesta Villa – que não era Isabel como um famoso bairro do Rio de Janeiro imortalizado pelo boêmio Noel Rosa, mas Raffard no Estado de São Paulo.

Havia aqui, dois Clubes Sociais Elite Futebol Clube e União Raffardense, com campos de Futebol, Bandas Marciais e salões para festas e bailes abrilhantados pelos Jaz Bands formados por músicos amadores, mas, muito competentes.

No carnaval os salões dos dois Clubes eram decorados com capricho e as músicas bem ensaiadas dando no decorrer da festança o brilho e alegria, com ansiedade, aguardados durante o ano todo, pelos participantes que, fantasiados desfilavam portando saquinhos de confetes coloridos e rolos de serpentina, partes das atividades carnavalescas.

Embora os membros das duas sociedades fossem grandes amigos havia entre eles, uma séria concorrência e disputa em todas as suas atividades, tanto nos disputadíssimos jogos de futebol quanto ao capricho na originalidade da confecção e riqueza das fantasias, nos bailes e cordão, este que: em determinada hora saia de um dos clubes para: após desfile pelas ruas cantando marchinhas, acompanhado por conjunto musical, pedindo passagem adentrava o salão do outro, que respeitosamente liberava o salão para assistir a apresentação do visitante, aplaudindo e dando vivas aos seus componentes. Em atenção a essa cortesia, o visitado retribuía indo ao salão para a devida mostra dos adereços nas fantasias, máscaras, técnica nos passos, sempre sob o ritmo das baterias e instrumentos de sopro.

Os carnavais da Villa Raffard ficaram famosos com muitas pessoas de cidades vizinhas aqui comparecendo para assistir e até participar. As partidas entre o Elite Futebol Clube e União Raffardense, quando o futebol era amador e os jogadores e a torcida organizada com dedicação tudo ofereciam por amor ao clube, contando sempre com a presença de admiradores de ambos os clubes, eram comparadas as disputas entre o Fluminense Futebol Clube e o Clube de Regatas Flamengo do Rio de Janeiro.

Os dois Clubes expunham muito bem protegidos, por armários envidraçados, as taças, troféus, placas e medalhas de vitórias em casa ou em campos de cidades visitadas.
Reafirmamos que em todos os sentidos, a tendência é desaparecer onde não houver concorrência. Foi o que, infelizmente aconteceu aqui…

Antecipadamente agradecemos aos leitores que se manifestem sobre os nossos modestos, porém, sinceros comentários ditados pelo amor patriótico que dedicamos à este pequeno pedaço de chão do amado Brasil, Terra adorada à qual devemos dar a vida se preciso for, principalmente ao se aproximarem as eleições, analisando cuidadosamente em qual, menos ruim candidato votar para que: sendo honesto, competente e experiente assuma o poder não protegendo bandidos, ladrões e assassinos nos livre dessa praga que infesta o nosso Pais tirando-nos as paz e segurança. O povo brasileiro necessita se unir em prol da liberdade, cumprimento das Leis e Decretos colaborando para: repudiando os governos ditatoriais, não percamos a liberdade de pensamento e expressão e ação. É preciso acabar de vez com o banditismo e a ladroagem no País, que a cada dia que passa mais aumenta nos tirando o sossego e o dinheiro ganho honestamente.

Voltaremos oportunamente na sequência da História da Villa Raffard e da carência de uma boa administração para a atual Rafard.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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