Opinião

Recordando Villa Raffard V

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Os nossos prezados leitores devem ter notado que estes modestos relatos históricos que fazemos de um passado distante, quando a então Villa Raffard era uma grande família onde unidos, todos se conheciam, cumprimentavam e mutuamente auxiliavam sempre que necessário, principalmente em caso de doença, tem como objetivo mostrar aos mais jovens e matar a saudade dos antigos moradores, a diferença do atual Município de Rafard…

Até o nome do lugar dado em homenagem ao seu fundador foi (contrariando a Lei) mudado, sem que alguém tomasse atitude para impedi-lo. Atualmente pouquíssimas pessoas são reconhecidas ao se encontrarem nas ruas ou outros lugares, muitas nem respondendo ao cumprimento que, demonstrando boa educação, recebem mesmo sem haverem sido apresentadas. São estranhas.

Mas, vamos prosseguir relembrando o passado. Na Rua Maurício Allain, seguindo para o centro, havia a quitanda da idosa Dona Bêga, que muito simpática com os encanecidos cabelos cacheados pendentes na testa do rostinho redondo, a todos atendia na compra de verduras, legumes e frutas variadas. No lado oposto a venda e loja de tecidos do Sr. Atta Macluf, um sírio alegre e comunicativo amigo de todos, fregueses ou não. Tempos depois contraiu matrimônio com Dona Maria, de cuja união nasceu o unigênito, também comunicativo e amigo Alfredo, residindo hoje em Capivari.

A seguir, havia a barbearia do Sr. Américo Chiarini que, de óculos e usando boné de pano preto, atendia a freguesia masculina, naquele tempo normal, barba comprida e bigodes longos.

No lado oposto o açougue do Sr. Siqueira, ao lado do qual, na sua pharmácia, o pharmacêutico Sr. Hermano Vaz, atendia a clientela, manipulando receitas prescritas por médicos da Santa Casa de Misericórdia de Capivari ou vendendo remédios recebidos de Laboratórios.

Na calçada oposta à da pharmácia, o Sr. Chafic Macluf atendia em sua loja de tecidos, posteriormente vendendo picolés de vários sabores. A seguir a também loja do Sr. Ângelo Albertini seguida, na esquina, da venda de secos e molhados do Sr. Buzato.

Estamos na Praça da Bandeira onde, no chão de terra batida eram montados os Circos de Cavalinhos, para a alegria da criançada e até adultos, estes se balançando nas barquinhas, que as impulsionava por uma corda presa na parte alta da armação de madeira onde também ficavam presas as hastes sustentando as barquinhas.

Em troca de montar nos cavalinhos de pau, muitos garotos disputavam a regalia de fazer circular o carrossel que alternando os cavalinhos tinha banquinhos para as meninas. Era grande a alegria das crianças a chegada desses Parques de diversões, assim como os grandes Circos com troupe de palhaços e malabaristas, alguns como em jaulas, apresentados animais “ferozes”. Os Circos eram montados em terrenos livres como até hoje acontece quando aparecem por aqui.

Cidadania

Parece que está começando a funcionar o Serviço de Trânsito, mudando para mão única a Rua José de Moraes Barros, faltando ainda: concertar a placa proibitiva existente no início da rua ou retirá-la liberando para as costumeiras malas de descarga.

Irregularidades no asfalto ainda sem reparos, assim como muita gente idiota continua, apesar do farto noticiário sobre a escassez da água potável, gastando indiscriminadamente em prejuízo da comunidade. Está na hora das autoridades tomarem providências, “chamando às falas” essas imbecis, punindo os recalcitrantes.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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