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Secretaria de Saúde confirma primeiro caso da ‘varíola dos macacos’ em Capivari

A Secretaria de Saúde de Capivari registrou na tarde de quarta-feira (17), o primeiro caso de monkeypox, conhecida como ‘varíola dos macacos’. A confirmação foi através de exame laboratorial, realizado pelo Instituto Adolfo Lutz.

O governo municipal não informou o sexo e a idade da pessoa contaminada, divulgou apenas que ela está bem e segue em isolamento em casa.

De acordo com a Secretaria de Saúde, esse primeiro caso é importado, ou seja, o paciente teve contato com pessoas infectadas em outra cidade.

Foto: Reprodução internet

A secretaria reforça os cuidados para evitar o contágio da doença.

“É importante evitar contato íntimo com pessoas com suspeita ou confirmação da doença, lavar sempre as mãos, usar máscara em ambientes com aglomeração e não compartilhar objetos de uso pessoal ou individual como toalhas, copos, talheres e roupas de cama, por exemplo”, diz a nota.

Apesar do nome ‘varíola dos macacos’, a doença não é transmitida pelo animal e sim pelo contato entre seres humanos.

Os principais sintomas dessa doença são o aparecimento de lesões na pele semelhantes a espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca, mãos, pés, peito e também na área genital.

A pessoa contaminada pode sentir febre, dor de cabeça, cansaço excessivo, dores musculares, calafrios e caroços, que muitas vezes aparecem no pescoço, virilha ou axila. O tratamento da doença consiste em isolamento, preferencialmente domiciliar, até que o paciente esteja recuperado.

Saiba mais

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.

O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica.

Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas.

Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.

Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

Existe cura?

Sim. Assim que todas as lesões desaparecem e a pele cicatriza, a pessoa está curada. Isso acontece na grande maioria dos casos, considerando que a monkeypox tende a ser uma doença benigna.

Em alguns casos mais complicados, como quando as lesões surgem no ânus, o paciente sente dor e pode precisar de internação para amenizar o incômodo. Mas assim que as feridas cicatrizam, a pessoa fica bem de novo.

Existe um medicamento antiviral utilizado em pacientes com maior severidade, mas, como a maioria dos países não o possuem em estoque, a regra costuma ser esperar as feridas cicatrizarem ou combater os sintomas.

De mais 27 mil casos no mundo todo, apenas 9 pacientes morreram até agora. Foram pessoas que tiveram formas mais graves da doença, com acometimento do olho, cérebro ou pulmões.

Pelo que se sabe até agora, pacientes com imunidade comprometida (como aquelas com aids, transplantadas ou em tratamento quimioterápico de câncer) e bebês de mulheres grávidas que se infectaram com a doença estão mais sujeitos a um quadro grave.

Por isso, ainda que a doença se apresente de maneira leve para a maioria da população, não podemos deixar de nos proteger. Quanto maior a rede de contaminação, maior a ameaça para as pessoas do grupo de risco.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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